ARTIGO – A nova classe média brasileira – 06.11.2013
ARTIGO – A nova classe média brasileira – 06.11.2013
Causam-me espanto as notícias que esse governo espalha pelo Brasil afora, através de todas as mídias possíveis e imaginárias, sendo que a mais poderosa é a Rede Globo de Televisão, empresa que entra em quase todos os lares do país, isso através dos milhares de repetidoras instaladas em nosso território. Assim, uma mentira qualquer, uma notícia boa, seja fabricada ou não, percorre o mundo inteiro, e dão a entender que estamos vivendo num mundo maravilhoso.
Recentemente, e todo mundo sabe disso, ouvimos e vimos pronunciamentos de autoridades dizendo que o governo retirou da pobreza mais de quarenta milhões de sofridos compatriotas, fato que seria um milagre. Ora, considerar que a “Bolsa família”, que engloba esse contingente de pessoas, com salário inferior ao mínimo previsto na constituição, foi capaz de fazer essa reviravolta é não acompanhar o dia a dia do povo nacional. Certo que existem outras bolsas e que também novas virão, isso até que os que comandam o país venham a contar com cem por cento dos votos nas próximas eleições. Vale notar que esse nome de “Bolsa” é somente para enganar os próprios cofres do Estado, pois ninguém pode ganhar menos do que o salário mínimo, e isso na verdade é salário, sujeito a desconto de INSS, com direito a férias e 13º mês.
Vale considerar aqui que o endividamento da família brasileira anda na casa dos cinquenta por cento, ou seja, o maior de todos os tempos, dívida que o cidadão não poderá pagar nunca, quer dizer vai ficar pra semente. O que ocorre é que um empréstimo é liquidado com um de valor maior, fazendo com que a liquidez atinja níveis extraordinários, mas o pobre coitado fique cada vez mais encalacrado. O governo se gaba por ter feito essa desgraça com os concidadãos e ainda proclama que é o principal responsável pela “bancarização”, nome que deram aos novos clientes bancários, mas que não consta dos dicionários, pelo menos do Aurélio.
Uma vez beneficiados com essas operações de empréstimos o cliente passa a dar uma aparência de classe média, pois compra móveis e utensílios novos para a sua casinha, banca celulares para seus filhos, passando a viver num mundo irreal, da enganação.
A mais recente divulgação foi em termos de favelas. Espalhou o governo por tudo quanto é canto que quarenta por cento dos favelados vivem na classe média. Como pode ser isso, se essas pessoas vivem em casas paupérrimas, grande parte de madeira e de base quase podre, sem ao menos dispor de água corrente e de esgoto, item obrigatório e necessário para se livrar de moléstias que grassam pelo Brasil inteiro, quando crianças brincam naquela areia molhada com água oriunda de sanitários!!! Claro que existem moradias dignas, mas essas são de propriedade de pessoas mais inteligentes, prósperas, embora ainda se saiba que nos morros existe grande quantidade de atividades contrárias às leis, como drogas, jogos e outras espécies de ilícitos.
Confesso que não acredito nessas estatísticas do IBGE, até porque com essa idade eu nunca fui consultado por instituto de pesquisa algum, nem mesmo perto das eleições. Agora vem um noticiário que modifica as informações e diz que 65% dos favelados passaram a fazer parte da classe média. E eu me pergunto como seria possível se 32% deles recebem renda média de até meio salário mínimo? É que eles tomam como classe média os que têm rendimentos de R$ 291,00 a R$ 1.019,00.
06/11/2013 10h00 - Atualizado em 06/11/2013 10h12 (G1 São Paulo)
Nas favelas, 31,6% têm renda de até meio salário mínimo, diz IBGE.
Uma mentira repetida muitas vezes vai-se tornando verdade ante a população, e assim assegurando votos e mais votos aos que estão no poder e que lá se perpetuarão, segundo a vontade do povão que, no bolso do governo, não tem como lhe negar o “voto secreto” nas urnas.
Não quero aqui dizer que o governo nada fez, claro; mas realizar o que prometeu nas eleições isso nunca! Construiu coisas boas, mas uma grande mancada foi essa despesa absurda com as arenas da Copa do Mundo, cujo controle dos gastos é humanamente impossível. E não é só isso, os investimentos e as receitas desse mundial feitos por empresas daqui ou de fora ficam isentos de impostos, cabendo a cada brasileiro arcar com uma parte no processo, quando o mais sensato seria o emprego de tanta verba nos setores básicos da economia nacional e nas áreas da saúde, segurança, educação e transportes, por exemplo.
Fico por aqui.
Em revisão.
Ansilgus.