Benefícios da atividade física para crianças hiperativas.
A hiperatividade, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), antigamente conhecido como disfunção cerebral mínima, é um transtorno psiquiátrico caracterizado pela impulsividade, hiperatividade e pela dificuldade de manter a atenção.
Normalmente começa na infância, persistindo freqüentemente até a fase adulta, mas prevalecendo na idade escolar. Acomete mais os meninos na proporção de quatro, para cada uma menina. A hiperatividade pode produzir desempenho escolar baixo, além de supervisão pedagógica adicional no âmbito social, e, na individualidade emocional de cada indivíduo, podem estes apresentar depressão, ansiedade, auto-estima baixa, instabilidade nas relações pessoais e etc.
O tratamento convencional baseia-se no uso de medicamentos psicoestimulantes (Ritalina) e antidepressivos, que se mostram muito eficazes no tratamento dos sintomas.
Entretanto nem todas as crianças respondem favoravelmente aos medicamentos, podendo não tolerar alguns estimulantes ou requererem alguma complementação no tratamento medicamentoso depois da avaliação médica, dá-se aí a inclusão da atividade física no tratamento. Sabe-se que alguns pacientes experimentam efeitos colaterais, insônia, dor de estômago, dor de cabeça, hipertensão, instabilidade de humor e falta de apetite, entre outros, mas a associação da medicação com a atividade física, segundo relatos de médicos, pais e professores está sendo benéfica para crianças com TDAH.
Com bases nesses relatos, estudiosos tem procurado aprofundar-se em estudos que comprovem essa pré-afirmação, e alguns estudos já têm comprovado que a prática de atividade física sistemática ou de esportes como a natação, tem um impacto significativo sobre a saúde e a qualidade de vida desses indivíduos, de maneira geral, nesses estudos mais recentes, se mostra à diminuição da irritabilidade, melhora no humor, elevação da auto estima, ajuda à disciplinar e lidar com regras tais indivíduos, e uma das mais importantes, trabalhar, brincar e se exercitar em equipe, aprendendo a respeitar e lidar com outras crianças na sua faixa etária.
Especificamente com relação à saúde mental, existe evidência suficiente para acreditar que a atividade física sistemática possa contribuir significativamente para diminuir o risco de depressão e que tanto os exercícios aeróbios (natação, caminhada, corrida, bicicleta), como os de resistência (musculação) são efetivos no tratamento da depressão.
Outros estudos também adiantados indicam efeitos positivos sobre a ansiedade, e desempenho escolar, atuante de maneira direta, o exercício inibe a ansiedade e melhora a forma de concentração desses indivíduos, numa proporção significativamente positiva, segundo a professora e psicopedagoga Tita Estrela, Consultora em Saúde Mental na Infância e Adolescência do Núcleo Interdisciplinar de Tratamento (NIT).
Professores de academias e escolas de natação devidamente esclarecidos sobre o assunto terão condições de entender melhor o jovem com TDAH e orientá-lo de maneira mais adequada em programas de atividade física, juntamente com os familiares e outros profissionais especializados em saúde mental (pedagogo, psicólogo e o médico) poderão contribuir significativamente para o quadro geral desta enfermidade.