Educação em Minas Gerais
A Educação em Minas Gerais está um verdadeiro paradoxo. Por um lado o governo traz à sociedade um discurso de boa qualidade no ensino mineiro exigindo dos profissionais da Educação desempenho, eficiência... por outro desestimula os mesmo com normas que vai contra o interesse, o estimulo do educador e repleta de incoerências.
Este paradoxo é facilmente percebido nas eleições que se realizarão para o cargo de diretores este ano. Conversando com diretores atuais vemos que a política adotada é um verdadeiro desastre, desestimulante e ainda completamente incoerente. Vou expor alguns tópicos para que cada leitor tire suas conclusões.
Primeiramente; é preciso dizer que, para o professor o tempo de aposentadoria é de 25 anos, no entanto, caso ocupe um cargo de diretor este tempo sobe para 30 anos. Evidentemente para alguém que começou lecionar com uma idade mais avançada o interessante é não almejar o cargo de diretor.
Segundo; todo diretor em exercício é avaliado tanto como administrador financeiro da escola como tem a responsabilidade de avaliar a escola como um todo o desempenho dos professores... Todo ano é dado pelo Estado uma nota de desempenho e este diretor, no entanto, para que este concorra novamente ao cargo é necessário passar por uma prova escrita onde todos concorrem na mesma condição de igualdade. Isto é, mesmo que tenha uma avaliação com nota 10 em todo seu mandato, caso não passe na prova escrita é automaticamente eliminado. Fica então uma pergunta: de que adianta ser um excelente diretor se numa simples avaliação escrita todo seu desempenho não lhe é creditado como vantagem alguma?
Terceiro; caso não haja candidatos concorrentes, isto é, havendo apenas um candidato postulante ao cargo este é eleito pelo colegiado que é composto de 5 conselheiros incluindo o diretor que no colegiado exerce o cargo de presidente. Enfim, o próprio interessado no cargo vota podendo facilmente reeleger caso seja ele concorrente único manipulando os conselheiros, ou ainda, caso ele use de má fé pode induzir os conselheiros a não aceitar o candidato postulante, para posteriormente continuar no cargo a pedido do próprio colegiado junto secretaria da Educação ainda que, não tenha passado no concurso preliminar.
Quarto; o diretor atual após deixar o cargo assume suas funções anteriores sem nenhuma gratificação salarial pelos anos prestados numa função de alta relevância e de grande responsabilidade. Em suma, ele volta a receber o salário de professor e assim, todo seu trabalho não é reconhecido pelo estado, nem com uma pequena gratificação em sua remuneração.
Poderíamos aqui ainda levantar outros pontos paradoxos da política educacional que vem sendo adotada em Minas. O que estamos vendo acontecer é que, infelizmente, muitos bons e capacitados profissionais da Educação não querem concorrer ao cargo de diretor, por não ver beneficio algum, pelo contrario, muita responsabilidade, muita cobranças, uma total indiferença do poder público ao cargo tão importante na área da Educação, apenas por um salário que pode parecer “vantajoso”, mas que se torna irrisório em relação à responsabilidade do cargo.
A Educação em Minas Gerais está um verdadeiro paradoxo. Por um lado o governo traz à sociedade um discurso de boa qualidade no ensino mineiro exigindo dos profissionais da Educação desempenho, eficiência... por outro desestimula os mesmo com normas que vai contra o interesse, o estimulo do educador e repleta de incoerências.
Este paradoxo é facilmente percebido nas eleições que se realizarão para o cargo de diretores este ano. Conversando com diretores atuais vemos que a política adotada é um verdadeiro desastre, desestimulante e ainda completamente incoerente. Vou expor alguns tópicos para que cada leitor tire suas conclusões.
Primeiramente; é preciso dizer que, para o professor o tempo de aposentadoria é de 25 anos, no entanto, caso ocupe um cargo de diretor este tempo sobe para 30 anos. Evidentemente para alguém que começou lecionar com uma idade mais avançada o interessante é não almejar o cargo de diretor.
Segundo; todo diretor em exercício é avaliado tanto como administrador financeiro da escola como tem a responsabilidade de avaliar a escola como um todo o desempenho dos professores... Todo ano é dado pelo Estado uma nota de desempenho e este diretor, no entanto, para que este concorra novamente ao cargo é necessário passar por uma prova escrita onde todos concorrem na mesma condição de igualdade. Isto é, mesmo que tenha uma avaliação com nota 10 em todo seu mandato, caso não passe na prova escrita é automaticamente eliminado. Fica então uma pergunta: de que adianta ser um excelente diretor se numa simples avaliação escrita todo seu desempenho não lhe é creditado como vantagem alguma?
Terceiro; caso não haja candidatos concorrentes, isto é, havendo apenas um candidato postulante ao cargo este é eleito pelo colegiado que é composto de 5 conselheiros incluindo o diretor que no colegiado exerce o cargo de presidente. Enfim, o próprio interessado no cargo vota podendo facilmente reeleger caso seja ele concorrente único manipulando os conselheiros, ou ainda, caso ele use de má fé pode induzir os conselheiros a não aceitar o candidato postulante, para posteriormente continuar no cargo a pedido do próprio colegiado junto secretaria da Educação ainda que, não tenha passado no concurso preliminar.
Quarto; o diretor atual após deixar o cargo assume suas funções anteriores sem nenhuma gratificação salarial pelos anos prestados numa função de alta relevância e de grande responsabilidade. Em suma, ele volta a receber o salário de professor e assim, todo seu trabalho não é reconhecido pelo estado, nem com uma pequena gratificação em sua remuneração.
Poderíamos aqui ainda levantar outros pontos paradoxos da política educacional que vem sendo adotada em Minas. O que estamos vendo acontecer é que, infelizmente, muitos bons e capacitados profissionais da Educação não querem concorrer ao cargo de diretor, por não ver beneficio algum, pelo contrario, muita responsabilidade, muita cobranças, uma total indiferença do poder público ao cargo tão importante na área da Educação, apenas por um salário que pode parecer “vantajoso”, mas que se torna irrisório em relação à responsabilidade do cargo.