Me assumo como vilão
Desde que o mundo é mundo existem mocinhos e vilões na história da humanidade.
E desde o primeiro mocinho e o primeiro vilão que na grande maioria dos casos essa definição se dá por um julgamento precoce, injusto e quase sempre sem provas ou fatos que classifique um ou outro.
Quantas vezes o taxado de mal foi o herói no final? Quantas vezes aquela pessoa que era o exemplo de bom samaritano era na verdade o filha da puta que fodia com todo mundo sem ninguém saber.
Um dos maiores erros dos humanos é não aprender com seus erros.
O julgamento precipitado taxa mocinhos e vilões sem dar-lhes a chance de defesa e em muitos casos sem ao menos conhecer.
Quantas vezes você já julgou uma personalidade por algum fato que a mídia noticiou sobre aquela pessoa?
Odiou, criticou e ate desejou o mal mas sem ouvir o outro lado da história.
Quantas pessoas já foram julgadas e condenadas injustamente e estas mesmas pessoas não pensaram duas vezes para depois julgar um outro, sem conhece-lo também.
Repito, a humanidade erra mas não aprende com seus erros.
Em um mundo com pessoas cada vez mais artificiais, vivendo de relacionamentos virtuais e sempre valorizando mais o que a outra pessoa tem do que ela realmente é, preocupar-se com a opinião alheia é BURRICE!
A sociedade analisa seu peso, sua altura, seu ‘’nível’’ de beleza, seu carro, sua casa, seu (a) namorado, marido ou mulher. Sua roupa, o que você fala e ate o que você pensa. Somos diariamente julgados para saber se atendemos a um determinado grau de expectativa que as outras pessoas tem em relação a nós.
Porém, essa mesma sociedade que julga tantas características tão pessoais e particulares sobre você, não quer saber se você tem onde morar, onde comer, o que vestir ou simplesmente o por que de você não esta sorrindo.
Cada dia mais eu me convenço de que, mocinho é quem atende os padrões exigidos pela sociedade. O camarada que sorri para todo mundo, que não se chateia com nada, que engole tudo no seco, que não discute politica, religião é tudo boa e por aí vai.
Você não é um mocinho, você é um OTÁRIO. Tá na vida a passeio e nunca será lembrado. É carta branca nesse tal jogo chamado viver.
Se você discorda, critica, não aceita ou quer pensar, você é chato, ninguém gosta de você, é vilão.
Eu poderia concluir dizendo ‘’vocês me desculpem’’ mas não, eu prefiro começar dizendo um VAI SE FODER todo mundo que acha que somos obrigados a rir o tempo todo, a ser feliz todo dia ou a agradar todo mundo. Ninguém paga as minhas contas, ninguém quer saber o que me faz chorar então não venha me cobrar sorrisos, abraços ou poeminhas de amizade.
Respeito e educação é obrigação, bom humor não!
Se ser mocinho é essa hipocrisia ridícula de chamar de amigo e dizer eu te amo o tempo todo, então com muito orgulho eu bato no peito e me assumo como vilão.
Vale mais meia dúzia de amigos sinceros que respeitam seus dias ruins, que 200 colegas que só estão do seu lado nos dias de glória.