Legalização do aborto e início da Vida

O aborto é a interrupção espontânea ou provocada da gravidez, sendo em termos científicos a palavra que designa a expulsão do feto ou embrião do ventre materno.

No Brasil há uma polêmica sobre a legalização ou não do aborto, sendo este considerado equivalente a um assassinato pelas vozes contra e considerado necessário pelas vozes a favor.

Na prática, é realizado legalmente em casos de estupro ou quando há risco à gestante e ilegalmente em diversas clínicas quando este não era esperado, não sendo legitimado pela família da gestante ou quando o possível pai do bebê intercede contra sua vida ou recusa-se a reconhecê-lo como filho. Também acontece quando a mãe não está emocionalmente preparada para tê-lo.

Para ser considerado um assassinato, a origem da vida deve estar ligada a formação do zigoto, quanto há a junção de óvulo e espermatozóide. Porém, nessa etapa da vida sua chance de sobreviver é muito pequena. Aliás, se considerarmos que há dentro do feto uma alma, como nesse momento haveria um ser se este embrião com 14 ou 15 dias pode se transformar em mais de um?

Portanto esta não seria a primeira vez que a Igreja se engana, já que esta mudou três vezes de opinião até agora, sendo antes considerado tolerado por esta.

Sendo assim, seria mais sensato dizer que a vida surge com o surgimento de um sistema nervoso mínimo, com oito semanas de vida, quando este passa a sentir e presenciar algo, mesmo que seja pouco, e o torna diferente de um vegetal, ser que nem mesmo os vegetarianos têm pena.

Se a previsão de oito semanas for a mais correta, mais da metade dos abortos poderia ser legalizado, pois ocorrem antes da nona semana. Esta seria uma medida cabível, pois seria metade das exigências de ambos os manifestantes. Além disso, diminuiria o risco de mortes de gestantes por aborto, que até o presente momento são realizados em sua maioria de forma ilegal, por médicos nem sempre confiáveis.

Rafael Leme
Enviado por Rafael Leme em 15/04/2007
Código do texto: T450766