O SER HUMANO
O SER HUMANO
O processo de humanização do ser hominal ainda não se completou. Coexistem grupos humanos em diferentes estágios de desenvolvimento. O homem se fez homem apenas por efeito de mutações biológicas que o dotaram de um cérebro mais desenvolvido. Centro de um extenso e delicado sistema nervoso, que o dotou de um grande potencial de consciência e sensibilidade. Da fragilidade do homem nasceu sua força. O homem se fez homem por suas obras, pela distinção do cultural pelo biológico. A vida é uma batalha onde queda e reações são auferidas, o ser humano enfrenta no cotidiano os tropeços e as dificuldades por ele mesmo criados. Os distúrbios humanos são antigos e permanecem até os dias atuais. Os nervosos são os maiores em fatores de desequilíbrio para uma família, um lar, para uma nação e quiçá, o mundo inteiro. Acarretam inquietações nas grandes cidades, distúrbios financeiros e morais, desassossegos e a malfadada corrupção aliada à horrenda violência.
Esse desassossego, inquietação e violência são azimutes que atuam diretamente nas células orgânicas, fazendo brotar as enfermidades associadas aos tormentos, as dores, o desequilíbrio financeiro, as doenças e até o suicídio. A felicidade só é possível com o amor verdadeiro, pois surgem os poderes de remediação e transformação, dando um novo ânimo à vida em todos seus setores. O ser humano jamais deve pensar em estagnação, no ócio coletivo, a progressão é um antídoto para esse mal levando aos menos preparados o alcoolismo, as drogas, a praticar o mal contra seu semelhante. “Alcoolismo – espectro que paira sobre os lares e as sociedades para deles arrancar, com as garras aduncas, os filhos, os esposos, os noivos, fazendo com que venha participar da sua cruzada imensa que segue para o país da desgraça, por entre lamentações lúgubres, levando, pela estrada do desespero, os despojos da alegria e da felicidade”. (Inácio Ferreira). O álcool é a droga mais pesada, causa problemas sociais graves, rende elevados tributos ao governo, é vendida livremente e atualmente, pode ser considerado o mal da humanidade, visto estar em todos os lugares, tais como: festas de aniversário, casamentos, bares, botecos, feiras, inaugurações, confraternizações entre outros. É segundo as estatísticas o maior causador de acidentes fatais e mortes brutais.
O ser humano é adepto desse mal avassalador que penetra em todas as camadas, classes sociais, independente de raça e crença, deixando suas feridas, suas chagas com conseqüentes desesperos, dores, lágrimas, insatisfações. É para a ciência um mal sem barreiras na sua expansão tsunâmica, e o pior que não se tem permitido um tratamento criterioso, rigoroso, capaz de anular os seus efeitos desastrosos que tantas vidas têm ceifado. Podemos dizer, neste caso, que o nosso corpo carnal seria o nosso tesouro e coração, o nosso pensamento, o nosso sentimento. Para as criaturas ainda não totalmente espiritualizadas, que viveram na terra muito apegada aos bens materiais, inclusive ao próprio corpo carnal, a morte não impede que o pensamento do espírito concentrado no seu cadáver, até mesmo por uma espécie de saudade, devido o recente acontecimento do decenso e por reconhecer, daquele momento em diante, impedido de usufruir um instrumento carnal para fazer as coisas que estavam acostumadas a fazer. Outro mal que os incompetentes não sabem a importância que a vida tem, e o crime que estão cometendo, querem aprová-lo ou torná-lo legal aqui no Brasil, o aborto. Com essas atitudes geênicas podemos afirmar que o ser humano ainda nada aprendeu, não evolui, os que não têm escrúpulos, os que não prezam a autocrítica, os que se envenenam de mágoa, os que são dominados pela inveja, os que mostram intransigência, os que mergulham na insensatez, os que obedecem ao personalismo, os que se sujeitam à vaidade, os que sucumbem ao egoísmo, os que são escravos do orgulho, estão aí praticando as mais diversas maldades contra seus irmãos, infiltrando-se na corrupção, na lavagem de dinheiro, usando a palavra de Deus para faturar, nas drogas, na prostituição adulta e infantil, nos assaltos e furtos, nos seqüestros, nos crimes e assassinatos, vertentes que o ser humano usa para tirar proveito dos incautos, dos pobres, dos indefesos, causando situações deletérias e desumanas a outros seres humanos.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE.