Resultados da realização logosófica no aspecto familiar

Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)

No seio da família, a prática do conhecimento logosófico e o adestramento consciente das aptidões mentais e psicológicas produzem resultados fecundos.

Lares onde reina a discórdia – por causa de desavenças, antagonismos de modalidades, predileções, diferenças de gostos ou opiniões, bem como por ausência de toda vontade de conciliação – vão mudando gradualmente pela ação harmonizadora e criadora do ensinamento logosófico, até alcançar aquela dourada concórdia que só se manifesta quando os lares* da compreensão, do respeito e do afeto foram benevolamente acolhidos no páramo doméstico, convertendo-o em oásis.

É que o cultor da Logosofia, ao consagrar seu tempo disponível à realização do processo de evolução consciente, que implica um constante melhoramento de suas aptidões e condições, propicia e faz efetiva a grata convivência no lar. Geralmente, as apreciáveis transformações observadas em quem começa a viver logosoficamente levam os demais membros da família à decisão de seguir idêntico caminho, com o que o lar se torna, finalmente, um baluarte de paz e de felicidade. Todos falam e comentam, com viva alegria, sobre as ocorrências do processo que estão realizando, e revivem com prazer os momentos de elevadas vivências psicológicas e espirituais que se promovem no imenso campo de estudo e experimentação da Logosofia.

A Logosofia realiza obra benéfica no seio dos lares ao transformar fundamentalmente o ambiente mental e psicológico

O conceito logosófico sobre a conduta humana, que cada logósofo torna próprio por considerá-lo imprescindível como respaldo de sua vida de relação, leva a compreender, sem lugar a dúvidas, que a formação ética de uma pessoa depende de certos fatores e, muito especialmente, do cultivo que faça de suas qualidades morais e sensíveis. A ética não teria finalidade ou, melhor ainda, não cumpriria seu verdadeiro objetivo social, se não contivesse os elementos básicos que a tornam possível, a saber: elevação de propósitos, tolerância, paciência, obsequiosidade sincera, naturalidade no trato, afabilidade, prudência e tato nos juízos que se emitem sobre terceiros.

Arrematando esse enunciado ético, diremos também que, acima de tudo, haverá de reinar a cortesia como expressão de afeto e de respeito e, do mesmo modo, o pensamento conciliador, que consolida a mútua consideração e entendimento.

Pode-se ver agora por que a Logosofia realiza obra tão benéfica no seio dos lares, ao transformar fundamentalmente o ambiente mental e psicológico em que antes a família se debatia, pelo fato de pais, mães e filhos carecerem dessas diretrizes precisas, as quais levantam o ânimo, aquietam as excitações do temperamento e levam a ser cada dia mais consciente da própria responsabilidade moral.

* N.T.: Metáfora em que o autor situa a compreensão, o respeito e o afeto como os lares da mitologia (deuses domésticos entre os romanos e etruscos, protetores do lar ou da família).

Trechos extraídos do livro Curso de Iniciação Logosófica, p. 87

Carlos Bernardo González Pcotche
Enviado por Edlamar em 28/09/2013
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