Kalúnia 49 - Folha de São Paulo e Minas Gerais até o fim, e o mea culpa da Globo
- Um jornal de boatos confirmados -
Jornal Folha de São Paulo de quinta-feira última, 12 de setembro de 2013, última página do caderno ilustrada, rodapé : " Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura 2013 - Incentivo para quem marca com palavras a nossa história (...) Inscrições de 14 de agosto a outubro", portanto já vencidas há um mês !
Quanto será que o Governo de Minas Gerais gastou para publicar um anúncio de um prêmio na Folha de São Paulo sem nenhuma utilidade ?
Por certo menos que o senador Aécio Neves (PSDB) paga para ver quase todo dia sua candidatura a presidente defendida no jornal, inclusive na coluna social.
::::::::::::::::
MEA-CULPA DO ‘GLOBO’
Acerto de contas com a História
Por Alberto Dines em 11/09/2013 na edição 763
Editorial do Observatório da Imprensa na TV nº 700, exibido em 10/9/2013
Credibilidade não se compra pronta, é uma obra em construção, tecida com erros, acertos e, principalmente, com transparência.
A verdade também não existe, o que existe é a busca da verdade e esta busca constitui um exercício constante de humildade e paciência, restrito apenas àqueles que levam a sério suas responsabilidades e agem de acordo com suas consciências.
Penoso admitir enganos e aceitar culpas, a arrogância é sempre mais cômoda, muito menos arriscada. Por isso, quando um jornal como O Globo – carro-chefe de uma das mais poderosas organizações jornalísticas do país e do mundo – admite com todas as letras, sem dubiedades, que equivocou-se ao apoiar o golpe militar de 1964 e a ditadura que se seguiu, abdica da aura de infalibilidade. Ao mesmo tempo ganha o respeito, não apenas do seu público, ganha também a confiança dos pósteros.
Volta ao pluralismo
O Globo não apoiou sozinho o golpe militar, toda a grande imprensa, com a exceção da Última Hora, de Samuel Wainer, aderiu com entusiasmo ao movimento que derrubou o presidente Jango Goulart. O Correio da Manhã, já desaparecido, foi escolhido para dar o sinal do início do levante militar com os três editoriais na primeira página, porém um mês depois se arrependeu e passou a opor-se ao governo e ao regime de exceção. Foi um gesto de grandeza. Na ocasião insuficientemente valorizado porque toda a imprensa persistiu no erro.
A surpreendente atitude do Globo tem condições de iniciar um degelo em nossa vida jornalística; pode transformar-se numa primavera, desde que seja acompanhada pelos demais veículos.
Não se trata de exigir que os jornais sobreviventes repitam o mea-culpa do Globo com relação ao passado. Trata-se, sim, de cobrar uma revisão dos atuais procedimentos. Em 1964 a nossa imprensa abriu mão do pluralismo, entregou-se ao pensamento único. Agora, quase cinquenta anos depois, espera-se um retorno ao pluralismo e uma busca determinada e incansável da verdade.
---------------------------------------------------------------------