Abortar o aborto!
Lamentavelmente a legalização do aborto vem sendo aventada, aproveitando o ensejo, cidadão consciente e nada acomodado que é, o amigo Mauricio Moura tomou a iniciativa e enviou e mail para o Deputado José Genoino, a fim de saber seu posicionamento referente a este grave assunto. Abaixo transcrevo a resposta do Deputado José Genoino.
Senhor Maurício Moura,
“O Projeto de Lei nº 176/1995, de minha autoria, trata da opção da mulher de ter ou não ter filho, sendo livre a interrupção da gravidez até 90 dias, descriminaliza o aborto e se dá sob a defesa de um direito da mulher e uma questão de saúde pública, pois muitas mulheres morrem submetendo-se a abortos inseguros em clínicas clandestinas, mostrando que a criminalização do aborto não elimina a sua prática. Dados dessa tragédia estão expressos nas estimativas, embora tímida, da Organização Mundial de Saúde (OMS). Não se trata no entanto, de usar o aborto como método anticoncepcional. O referido Projeto de Lei e sua Justificação estão na minha página na internet, no endereço: www.genoino.org . Estamos aberto ao debate, que é tanto polêmico quanto necessário”.
Deputado José Genoino
Pois sim, caro leitor, novamente o assunto aborto em pauta, é triste que tenhamos de escrever, discutir, debater e perder tempo com o assunto concernente ao aborto. É lamentável, do ponto de vista ético e moral, que tenhamos de ficar falando sobre a descriminalização do aborto. Ora, o aborto por si só já deveria ter sido abortado como idéia há tempos, discutir se iremos legalizá-lo ou não é “chover no molhado”. Nossos congressistas poderiam investir seu concorrido tempo em assuntos que nos levarão ao progresso e não ao retrocesso. Educação, habitação, desemprego, crescimento econômico, estas poderiam ser as pautas de nossos nobres representantes, mas não, eles fazem questão em falar sobre aborto e sua legalização, voltando, retrocedendo, perdendo largo tempo. Sim, porque legalizar o aborto equivale a retroceder como sociedade. Legalizar o aborto equivale a alimentar uma sociedade sem responsabilidade, sem compromisso com suas atitudes. Mais fácil, cômodo e “legal”, sob todos os aspectos, se desvencilhar do filho do que assumir seu “descuido” e fincar compromisso com suas ações.
O Deputado José Genoino diz que não se trata de tornar o aborto como método anticoncepcional. Ah, não? Será que ele é “ingênoino” ao ponto de acreditar que isso não ocorrerá em profusão? Ah, Deputado... Quanto trabalho temos a fazer, quanta esperança a semear por esse mundo de Deus, quanta gente lutando pela vida, e o senhor, logo o senhor, um representante do povo, querendo abreviar a existência de quem mal começou a viver. Sabe Deputado, essas crianças, no futuro poderiam inclusive tornarem-se seus eleitores, e o senhor perdendo tempo com este assunto do aborto... Lamentável!
Se nossos dignos representantes optarem por legalizar o aborto com a famigerada desculpa de que ele é caso de saúde pública, e de que a mulher tem o direito de decidir se terá ou não filho, estarão voltando a eras primitivas, onde o direito à vida era constantemente desrespeitado.
Bem sabemos, caro leitor, que o direito de um vai até onde começa o do outro. A opção de escolha da mulher entre ter filhos ou não, é legítima, todavia, ao acalentar em seu ventre um outro ser, nos diz o bom senso que ela perdeu o direito de escolher se terá ou não esse filho, porquanto, se efetuar o aborto, estará automaticamente desrespeitando o direito à vida que tem aquela criatura que está em seu ventre.
Não podemos nos omitir diante de iniciativas nefastas, motivadas por interesses egoístas e imediatos, a opinião pública pode e deve se manifestar, fazendo pressão para que idéias como estas, da legalização do aborto, sejam revistas, arquivadas, esquecidas... Neste mister a religião deve cumprir fundamental papel, esquecendo diferenças pequenas e unindo-se todas, dando as mãos, para combater uma das maiores chegas de nossa sociedade contemporânea: o materialismo. Apenas o materialismo pode sustentar a legalização do aborto, um materialismo sutil que vai invadindo famílias e procurando se infiltrar legalmente a pretexto de progresso, saúde e de uma pretensa liberdade de escolha. No entanto, nunca é demais lembrar, Liberdade, exige responsabilidade.
Parafraseando meu bom amigo e confrade Felinto Elízio, digo ao leitor: Lutemos pela vida, hoje, amanhã e sempre!