MAIS UMA ENGANAÇÃO

Mais uma vez, os economistas tentam explicar o a gangorra cambial brasileira. Alguns até gostam. São as ocasiões que eles aparecem na mídia. Mesmo que falem um monte de bobagens, muitos acreditam. Eu gosto de ouvir os argumentos. E não acreditar.

Economicamente nenhum fato relevante aconteceu. Nem aqui, e nem no resto do mundo. Só falta colocar a culpa sobre o governo e a oposição que estão se dizimando na Síria. Uau! Todos mortos de medo das armas químicas dos sírios. Aposto que se fosse à única explicação possível, nem ficariam vermelhos de vergonha.

Exatamente a um ano da eleição presidencial, enquanto a popularidade da presidente Dilma despencava, o dólar disparou. No rastro da disparada, e depois de retirar impostos dos transportes, temendo o povo nas ruas, surgem boatos do aumento de preços dos combustíveis. Todos sabiam que seria um suicídio eleitoral, aumentar os preços com o dólar abaixo de dois reais. Com que cara. Em ano de eleição então...

Percebe-se claramente a armação econômica do governo. E como é fácil brincar com a gangorra cambial quando convém. Outra coisa que deveria ser bem apurada é a responsabilidade dos grandes investidores da bolsa de valores, (Bovespa). Quais as vantagens que estariam levando se o Partido dos Trabalhadores continuar no governo.

Para que a armação ganhasse contornos dramáticos, a Petrobras foi colocada no esquema como a “coitadinha”. Que, de repente, perdeu toda a sua capacidade de investimentos.

E por que a Petrobras perdeu a sua capacidade de investimentos? Isto todos no governo sabem. E ninguém vai querer contar. É um assunto proibido. Nem CPI é permitida. Engraçado, na época de correr atrás dos votos, o Brasil bate recorde na produção de petróleo. Temos riquezas infinitas no pré-sal. Agora a Petrobras está quebrada.

Ainda existe outra coisa escondida no aumento de preços dos combustíveis. Uma disfarçada carga tributária que a população desconhece. Praticamente 52% são impostos e tributos. Quando o governo viu o povo chegando à sua porta, deu com uma mão. Agora quer tirar com a outra.

Resta saber se o povo terá folego para outra espreguiçada. Ou vai engolir o aumento quietinho. Ser enganado e achar que está tudo bem. Ter pena da Petrobras.

Fico pensando se o governo colocou a variável das ruas, quando resolveu construir toda essa armação. Ou já perdeu o medo. O dólar, esse certamente depois, vai cair na mesma proporção que a popularidade da presidente Dilma cresça. Até a próxima armação. Podem conferir.