Leis Universais. Uma nova relação de causas e efeitos
Leis universais. Uma nova relação de causas e efeitos
Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Ao dar a conhecer os fatores que intervêm no que ocorre diariamente dentro do mundo interno de cada indivíduo, a Logosofia põe ao alcance do homem a chave do conhecimento causal referente à sua vida, evolução e destino. Não podem permanecer alheias a tal prerrogativa as leis universais, por serem as que sustentam os pilares da Criação e animam a vida de tudo quanto existe. É dever do homem não infringi-las e auspiciar, em todo o momento, o selo de seus desígnios, cumprindo com seus mandados, o que lhe outorga a segurança absoluta de seu amparo.
As leis sobre as quais a ciência oficial funda¬menta suas investigações e descobrimentos surgi¬ram da necessidade de ordenar o que concerne ao comportamento da atividade material ou física do organismo biológico humano e dos processos de toda espécie compreendidos na natureza, sujeitos a comprovação. Nada nos dizem com respeito às prerrogativas conscientes do homem, nem à evolução de suas possibilidades de alcançar as altas esferas do espírito.
As leis universais, sobre cujas funções a Logosofia informa, se identificam com as normas de uma ética elevada, acorde com sua natureza, cuja orientação coincide com a via de conhecimentos que, na ordem superior, o logósofo cultiva. Tais leis estabelecem uma nova relação de causas e efeitos, que permite compreender sem dificuldades o amplo panorama da existência humana, ao mesmo tempo que orientam e prescrevem normas de conduta para percorrer as sucessivas etapas do aperfeiçoamento.
Ao plasmar a imagem da criatura humana, Deus determinou para ela o cumprimento de todos os ciclos de evolução preceituados pelas leis supremas.
Convenhamos que as leis da Criação ainda são muito pouco conhecidas pela humanidade, já que, sendo elas advogados e juízes ao mesmo tempo, a maioria ignora como elas atuam e como ditam suas sentenças quando julgam. Ignorando isso, mal pode o homem conhecer os fatos de sua vida interna, capazes de ultrapassar, toda vez que uma lei se pronuncia em harmonia com as demais leis, suas mais fantásticas lucubrações.
Ao ilustrar o homem sobre o mecanismo das leis universais, a Logosofia lhe permite ajustar sua vida à realidade que elas determinam e livrar-se do vazio e da opressão moral causados por seu desconhecimento. Começa a dominar, assim, o campo mais imediato em que essas leis atuam, que é precisamente o que cada ser ocupa, a própria vida, a vida do ser humano, e, por efeito do saber que acumula, aprende também que no Universo tudo se realiza mediante processos.
Ao plasmar a imagem da criatura humana, Deus determinou para ela o cumprimento de todos os ciclos de evolução preceituados pelas leis supremas. É lógico então que o homem, ao conhecer as leis e superar tudo o que nele é superável, vá compreendendo qual deve ser seu destino e qual sua conduta.
Trechos extraídos do livro O Espírito págs. 115 a 117