E agora Luiz II - como fica o segundo mandato?

É no mínimo estranha a atitude do nosso presidente Lula, frente à violência desenfreada que assola o país. Certamente porque ele se sente seguro, cercado de inúmeros seguranças e mordomias, age como se o problema não tivesse nada a ver com ele, como se não fosse responsabilidade dele a solução e resolução desse problema que se alastra por nossas cidades, como fogo num campo de trigo.

Comparo a atitude do presidente, com a atitude dos senhores feudais, na idade média que ficavam bem protegidos em seus castelos, cercados de toda segurança, enquanto o povo, a plebe se debatia em guerras para que eles lucrassem. Lula criticava tanto Fernando Henrique, porque ele ficava alheio aos problemas, fazendo de conta que não era com ele, agora age da mesma maneira.

Pensa e diz que o Brasil está cor-de-rosa, mas não está, tem gente passando fome, desempregada, a saúde é uma porcaria, a segurança simplesmente não existe e ele ainda ta cheio de arrogância, sendo mal educado com os repórteres, fala com a imprensa e com o povo como se fosse um senhor, como se fosse o dono do povo, como se tivesse mesmo aquela autoridade e respeito que tenta apresentar, suas ordens mais simples não são cumpridas, ainda insiste em deixar aquele velho senil como ministro, vergonhoso pra nação.

Presidente, nossa população está sendo dizimada pelos marginais, há tiroteios todos os dias nas grandes cidades, pessoas estão morrendo, ficando aleijadas, perdendo suas vidas numa guerrilha urbana que não pediram para suas vidas, uma guerrilha que é responsabilidade de quem está no poder, controlar, os marginais não tem respeito algum pela autoridade, não se assombram com nada, de que adianta aumentar a pena para crimes de facções organizadas, pensa vossa excelência que eles estão preocupados com isso, pra eles tanto faz, eles são marginais, estão dispostos a matar e morrer, não tem nenhum futuro mesmo, são camikazes. Falando nisso, as autoridades são corruptas, mancomunadas com o crime, há corrupção desde o menor cargo até os altos escalões das polícias, todos os dias vemos divulgado, policiais envolvidos com o crime organizado. Quando são descobertos, há o corporativismo, tudo que dizem os superiores, ditos não envolvidos é de que será aberta uma sindicância para apurar os fatos, mas esses fatos raramente são apurados e punidos.

O crime está ganhando essa guerra, são feitas vítimas todos os dias, inocentes diga-se de passagem, o cidadão não tem mais tranqüilidade, não pode andar pelas ruas, não pode mais ficar na frente da sua casa, quem o faz, arrisca-se a ser trucidado.

Presidente, a segurança do povo brasileiro é responsabilidade sua. Não adianta nada o senhor tentar delegar poderes para este ou aquele, o senhor mesmo tem que tomar alguma atitude urgente e contundente, sob pena de qualquer hora, o senhor ou algum conhecido ou familiar serem vítimas dessa violência desenfreada.

Nenhum de nós, está livre, nem mesmo as autoridades, de sermos vítimas, veja o caso do juiz que foi seqüestrado em Sergipe, os bandidos não respeitam mais nada. Nossas leis são fracas e não passam de velhotas, depauperadas e sem vigor.

Agora, grande parte dessa violência dá-se em razão de que infelizmente a nossa OAB, não ter critérios rígidos para ordenar e qualificar qualquer um que se forme em direito, sabido é que há uma horda de advogados compactuados com o crime, que servem inclusive de leva e traz dos bandidos para dentro e fora das cadeias. Outros tantos o fazem pelo dinheiro que ganham, embora não se envolvam com a criminalidade. Para resolver esse problema, teria que haver uma lei que os bandidos presos e que tivessem se envolvido em grandes feitos criminosos, deveriam obrigatoriamente, serem defendidos por defensores públicos, que qualquer bandido preso, tivesse imediatamente seus bens seqüestrados, para que não pudesse pagar advogados caríssimos como o fazem, que nem tivessem o direito de contratar advogados que não fossem defensores públicos, claro que toda pessoa tem direito à defesa, mas no caso de criminosos envolvidos com facções e organizações criminosas, isso deveria ser negado, já seria alguma medida para que os bandidos fossem conservados nas cadeias.

Nossas leis precisam ser mudadas, mas como conseguir isso, se as pessoas que deveriam fazer isso, não o fazem por temer ter que algum dia, ficar debaixo dessas mesmas leis.

Na realidade, a moral, a civilidade, a honestidade, a hombridade, o respeito pelo ser humano, são coisas desconhecidas da maioria de nossos advogados, o que importa para eles é o dinheiro que ganham, não importa de onde esse dinheiro tenha vindo. A OAB deveria execrar de seus quadros, esse tipo de advogado.

Nossa polícia é mal paga e mal aparelhada, não há um sistema de informação, a inteligência da polícia é burra, quando não corrupta, quem em sã consciência vai para a rua ganhando salários de miséria, que não dá pra sustentar a família, prova disso é o elevado número de policiais que fazem bicos como segurança particular, enfrentar bandidos armados com fuzis AR15, metralhadoras UZI, pistolas automáticas de grande poder de fogo e que atiram para matar? Nossos policiais não podem atirar nem pra ferir, se um bandido é ferido ou morto num confronto com policiais, os policiais são investigados, processados e muitas vezes punidos, como a polícia vai agir, se está de mãos e pés atados, a autoridade policial praticamente não existe.

Que diferença existe entre um bandido de dezesseis anos e um com vinte ou mais, que matam pessoas, estupram, aleijam, barbarizam, arrastam por quilômetros, fazem todo tipo de estripulias, que diferença existe, são todos marginais, pessoas que vivem à margem da sociedade, que perturbam e agridem essa sociedade. Porque os menores não podem ser punidos? Só um demente pode imaginar que menores que cometem esses crimes todos, são recuperáveis. De cada um milhão de menores infratores apenas uma ínfima percentagem tem recuperação. Todos os programas de recuperação de jovens infratores, são inócuos, apenas desperdício de dinheiro e esforço público, apenas instituições criadas e mantidas com dinheiro público, para amontoar funcionários públicos e cargos comissionados dos políticos, um jovem que está envolvido com criminalidade e drogas, não tem como sair desse meio, precisaria ser um programa que envolvesse trilhões de reais, programas de geração de emprego e renda, programas habitacionais, programas sociais os mais diversos para que isso pudesse dar algum resultado. Infelizmente é desta maneira que a sociedade vê esse problema. Recuperação para menores infratores é utopia, principalmente quando os abrigos e instituições são apenas um depósito de pessoas, sem nenhum programa, sem nenhuma organização, sem nada que os estimule a recuperação, são escolas para formar mais marginais futuros, não tem nenhuma estrutura, nenhuma decência.

O ideal é que o jovem não necessite ser recuperado, isso é cabal. Educação é a palavra chave, inclusão social, trabalho e religião. Se nossos jovens fossem criados com essas quatro palavras: educação, inclusão social, trabalho e religião, nossa sociedade seria muito diferente. Falo de cadeira, pois, fui criado com esses quatro princípios básicos e sou uma pessoa de bem.

Educação: ensine-se ao menino as letras e princípios humanos que o qualifiquem a saber separar o bem do mal.

Inclusão social: Ambiente familiar decente, habitação (que não precisa ser de luxo), saúde e participação na sociedade.

Trabalho: Se alguém quer ver seu filho na marginalidade, não ensine a ele o valor do trabalho, desde a infância. Claro que não trabalho escravo, nem pesado, mas ensinemos a nossas crianças o valor e a utilidade do trabalho. Coloquemos na personalidade de nossas crianças o desejo de conseguir o que desejam através do próprio trabalho.

Religião: Seja ela qual for; católica, evangélica, espírita, todas ensinam coisas boas.

Programas sociais que dão dinheiro para as famílias, não resolvem qualquer problema, apenas criam mais problemas. Trabalhei durante algum tempo na prefeitura de minha cidade, envolvido justamente com esses programas sociais, o que víamos todos os dias era deplorável, mães e pais que recebiam o dinheiro do “bolsa isso” ou “bolsa aquilo”, nunca usavam o dinheiro para o que ele era destinado, engana-se o presidente se acha que o dinheiro dos famigerados cartões sociais são para comprar comida para as crianças, são usados para os mais diversos fins; compra de cigarros, pinga, cerveja, drogas e muitas outras coisas e as crianças continuam passando dificuldades, nuas e famintas.

Pais desajustados, sem emprego, sem onde morar decentemente, sem saúde, sem esperança, geram filhos ainda mais desajustados do que eles. São esses filhos que na sua grande maioria se envolvem na criminalidade. Não todos obviamente, toda regra tem exceção.

Como nossos políticos podem criar leis que proíbam nossas crianças e jovens de trabalhar, se não tem como dar-lhes educação, saúde, habitação?

As pessoas que criam programas sociais mirabolantes, não tem a mínima noção do que estão fazendo, não conhecem nossas invasões e favelas, não conhecem a realidade dos morros, nunca foram de madrugada em baixo dos viadutos ver como vivem os moradores de rua, não sabem como vivem as pessoas que moram ao longo dos rios em lugares de difícil acesso, criam programas que não são executáveis, são apenas maneiras de gastar mal os parcos recursos oficiais destinados para essas áreas.

Ninguém está interessado em arrumar a vida dos paupérrimos. Eles são a massa que é manipulada pela classe política e pela elite dominante. Sem eles não haveria nem políticos nem a elite. Quanto mais pobreza melhor para a politicagem.

Presidente, é necessário que o senhor tome pé da situação da violência em nossa nação. Agora não há mais como o senhor fazer algo para prevenir a violência, apenas o que pode ser feito é a repressão. A violência precisa ser controlada em nosso país, sob pena de que em muito pouco tempo, termos um poder paralelo, como eram a máfia na Itália e nos Estados Unidos em outros tempos. Não podemos mais ficar reféns desta situação periclitante, e é o governo quem tem que tomar medidas para resolver essa situação.

Claro que não poderia discorrer sobre isso tudo, se não tivesse algumas sugestões, senão estaria sendo incoerente.

Limpar as polícias, moralizar o serviço policial, há muitos coronéis para poucos comandados.

Renovar a polícia, tanto em homens como em equipamentos, criar uma inteligência que possa prover a polícia de informações precisas. O planejamento das ações policiais, devem ser secretos, criar grupos de elite, que possam agir sorrateira e silenciosamente, limpando os antros de marginalidade. As ações que estão sendo feitas pela polícia atualmente, são totalmente ineficazes e arriscam vidas tanto de moradores como de policiais, a invasão de morros e favelas tem que ser algo feito por comandos, bem treinados, equipados e informados, homens que não sejam conhecidos da polícia comum, que sejam uma espécie de 007, uma elite da elite policial, que sejam invisíveis, homens de reputação ilibada, para que seja excluída a possibilidade de formação de grupos de extermínio, muito bem pagos, para não caírem na tentação da corrupção, que estejam cientes dos riscos.

Exército nas ruas. As forças armadas podem muito bem auxiliar, a polícia para o patrulhamento e controle, infelizmente não haverá outra solução a não ser vermos o exército nas ruas novamente, como nos idos de 1964, só que desta vez é para uma boa causa, não milicos inexperientes, apenas soldados treinados, que não tenham medo nem de matar, nem de morrer. O exército pode muito bem treinar uma força de elite, para operar em lugares de grande violência.

Tudo isso deverá ser administrado por uma pessoa só. Madura, coerente, não política, experiente, sem rabo preso com ninguém, sem comprometimentos, um técnico no assunto violência, de inteira confiança do executivo federal, que não se deixe influenciar por politicagem, que responda somente ao presidente, que esteja preocupado com os problemas sociais nacionais.

O poder judiciário, deverá colaborar incontinente, sem vacilações, uma equipe de causídicos, deverá fechar todos os buracos abertos pelos advogados mal intencionados. Juízes deverão agir de acordo com os interesses da sociedade e não interesses de advogados interessados em livrar seus clientes malfeitores.

O governo federal deverá lançar um programa social, de habitação popular, para tentar limpar os morros e favelas das grandes cidades, com isso cativará a simpatia dos moradores, que muitas vezes por serem protegidos pelos marginais, também os protegem nas horas que estão sendo perseguidos.

Muitas das pessoas que moram nestas favelas e morros, são coniventes com a marginalidade. Mas há uma grande maioria, que daria tudo para poder sair daquele ambiente, tiremos as pessoas de bem dos morros e favelas e ficarão somente os marginais e seus asseclas, esses serão cassados impiedosamente, pelos grupos de elite e uns aos outros. Quem ficar é porque quer enfrentar as dificuldades.

O que é necessário fazer é o que foi feito em Nova York, tolerância zero, a criminalidade diminuiu muito com esse programa do governo de lá. Infelizmente em nosso país, o programa é “toleramos tudo dos marginais”.

Extinguir, essas ditas organizações de “direitos humanos”, que só servem para exigirem os direitos dos marginais. Onde estão os direitos dos cidadãos de bem? Quem nos defenderá dos marginais?

Nosso sistema prisional é algo hilário, beirando ao ridículo. Não há acomodações decentes, sim porque os marginais que estão presos, mesmo eles, tem direito a acomodações pelo menos decentes. Como podemos exigir deles disciplina se não damos a essas criaturas de Deus pelo menos o direito de dormir decentemente? Não há organização, não há disciplina, não há respeito, o prisioneiro não respeita nenhuma regra e não é punido por isso.

Os agentes penitenciários são coniventes e corruptos, quem deveria cuidar dos presídios eram os militares do exército, eles conhecem muito de organização e disciplina e estão amontoados nos quartéis ganhando bons salários para não fazer nada o dia todo.

Enfim, só quem tem poderes pra propor e executar mudanças radicais na condição da sociedade brasileira são os políticos, nós povo, somos pacíficos e aceitamos as situações com complacência, se as situações que acontecem hoje no Brasil fosse na Itália ou na Argentina, há teria havido uma guerra civil. O que podemos, nós povo, fazer é tentarmos através do voto darmos o troco, tirando os políticos que não estejam sintonizados com os problemas sociais da nação, nem isso temos feito, o brasileiro não sabe votar, o congresso está cheio de corruptos e mensaleiros, e nós estamos deitados em berço esplendido. Infelizmente.

Acreucho
Enviado por Acreucho em 07/04/2007
Código do texto: T441192