A importância do ato de pensar
A importância do ato de pensar
Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Cada um pode fazer um inventário dos bens espirituais, morais e mentais que possua. Nele aparecerão tudo o que foi realizado, todos os projetos e ideias concebidas, na certeza de que não ocorrerão omissões. Ao revisá-lo, será fácil fazer uma avaliação cuidadosa e resolver cada situação, deixando-o atualizado. Será preciso pensar em tudo o que se observou e experimentou e formar essa imagem, projetando-a para o futuro, através dos dias, meses e anos.
Há muitos que não pensam em nada. Se nada pensam, se não convivem com pensamentos que favoreçam sua evolução, como podem, então, pensar em progressos? Como podem conquistar conhecimentos e penetrar nas profundezas do ignoto, se não fazem esforço algum para mover as rodas de sua própria vida?
Não se deve esquecer nunca a mão generosa e amiga, estendida para ajudá-los, nem o conselho oportuno que lhes permite evitar dificuldades e transcender obstáculos. Esse é o meu trabalho constante, que chega a todos, embora nem todos o vejam.
A Sabedoria logosófica é um manancial inesgotável de conhecimentos; frente a ela, devem abrir e preparar as inteligências, a fim de permitir à mente captar, sem se equivocar, as grandes verdades contidas em cada ensinamento.
A atividade faz desenvolver as aptidões e compreender a vida com maior amplitude
É aconselhável, pois, que se preocupem em andar, em ter atividade, em realizar um trabalho construtivo porque, no desempenho dessa atividade as aptidões se desenvolvem, se põem em prática os ensinamentos e se experimenta a realidade que cada um deles assinala à medida que se avança, ajudando a compreender a vida com maior amplitude. Mas é necessário trabalhar, pensar; pensar sempre em algo útil, pensar positivamente. É conveniente consultar diariamente a si mesmo sobre o que se fez, para ter um sono tranquilo e reconfortar o espírito.
O descanso é bom – em particular no que se refere à vida e atividade dos pensamentos, principalmente –, sempre que for precedido por um intenso período de atividade; não sendo assim, o descanso costuma produzir mais cansaço que a própria atividade.
As horas da vida devem ser vividas como se fossem minutos, tratando de fazer muitas coisas em cada um deles, ou ao menos uma; assim, em uma hora, serão sessenta. Tudo se faz quando se quer, pois já sabemos que não há dificuldade quando nos decidimos por fazer algo. Mas não convém buscar as coisas fáceis; é necessário provar a capacidade no difícil. Isto permitirá observar, com maior exatidão, as mudanças favoráveis que cada um consegue em seu processo de evolução consciente.
Trechos extraídos do livro Introdução ao Conhecimento