PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
Há algum tempo atrás recebi uma mensagem pela internet divulgando uma nova configuração do “Espaço Sideral”, aparecendo nosso reluzente sol como do tamanho de uma pequenina cabeça de alfinete em relação a outros astros do universo. Ainda que não seja do conhecimento de todos, essa realidade há muito conhecida, somente agora é divulgada e é preciso que lhe seja dada a devida importância. Fico então a refletir: Mesmo nos considerando seres extremamente inteligentes, capazes de façanhas extraordinárias e nos auto-denominando “racionais”, a nova configuração do nosso “Sistema Sideral” nos distancia em milhões e milhões de quilômetros de nosso Deus todo poderoso, criador de todas as coisas. E a cada momento que me distancio Dele, sinto-me cada vez menor, em minha humilde inexpressividade... Dentro dessa incontestável proporcionalidade, como se fosse um microbiozinho qualquer.
E isso me leva a muitas e profundas reflexões a respeito de nós mesmos, eu que de pé, assisto a uma formiguinha tentando entrar debaixo de meu sapato e, neste momento, envolvido pelas idéias controversas que aturdem agora minha mente, tiro rapidamente o pé, assustado, evitando assim esmagá-la; na verdade, como se saindo de um pesadelo, dei conta de mim, colocando-me em seu lugar, ficando com os pelos arrepiados, sentido o efeito que o pisoteio teria em mim mesmo; É assim que me sinto com relação a essa formiguinha e a meus semelhantes também. Na configuração de nossa estrutura familiar, aprendemos desde criança a aceitar as seitas religiosas que nos são apresentadas, seguindo os ensinamentos de nossos pais e o direcionamento de toda a memória à religião a que nos predispomos escolher e que achamos correta, nos dedicando a ela como uma razão muito forte para nos contermos, vivendo em sociedade de forma ordeira e fraterna, temendo e amando a Deus, a Alá, ou a qualquer nome que se dê ao Grande Arquiteto do Universo. Mas, mesmo em nossa vã filosofia, com nossos vícios e defeitos, temos de admitir sabermos, de antemão, que tudo que é criado pelo homem longe está de merecer qualquer idéia mais aproximada de semelhança com a divindade de Deus e de seu Santo Filho. Assim é que, tementes da representatividade e da inexorabilidade das forças divinas e conhecendo nossas limitações, procuramos fortalecer nossas crenças na expectativa de salvação eterna após a morte, na forma de contrapartida por uma passagem pela terra sem maiores comprometimentos, pedindo perdão por pecados que cometemos, todos os dias, na ridícula encenação do teatro da vida cotidiana, por nós atores, a fim de justificar os próprios erros. Mas não é com orações vazias que conseguiremos reduzir esse espaço, diminuir essa distância. Recebemos a vida por graça de Deus, sem pedir ou a merecer... Uma dádiva certamente! E ainda que conscientes de nossas limitações, precisamos enaltecê-la, valorizá-la, demonstrando dessa forma nossa eterna gratidão por tão glorioso presente, com muito amor e carinho. E o amor estará presente em todas as coisas a partir do momento que o temos no coração. A melhor forma de tê-lo portanto, é procurar olhar para os lados e para baixo, a fim de que possamos nos situar, fortalecendo nossas convicções, e estaremos dessa forma nos conscientizando de que somos mais felizes que milhões de outros seres, nossos irmãos, a quem devemos a obrigação de procurar mitigar seus sofrimentos, partilhando com eles as graças que recebemos. E a solidariedade torna-se então uma palavra mágica, santa, fazendo com que nos sintamos verdadeiros, realizados, na expectativa da fraterna doação, do amor e da dedicação voluntária e aí nos sentiremos então, bem próximos Dele e de sua Santa Onipotência.
Urias Sérgio de Freitas
Há algum tempo atrás recebi uma mensagem pela internet divulgando uma nova configuração do “Espaço Sideral”, aparecendo nosso reluzente sol como do tamanho de uma pequenina cabeça de alfinete em relação a outros astros do universo. Ainda que não seja do conhecimento de todos, essa realidade há muito conhecida, somente agora é divulgada e é preciso que lhe seja dada a devida importância. Fico então a refletir: Mesmo nos considerando seres extremamente inteligentes, capazes de façanhas extraordinárias e nos auto-denominando “racionais”, a nova configuração do nosso “Sistema Sideral” nos distancia em milhões e milhões de quilômetros de nosso Deus todo poderoso, criador de todas as coisas. E a cada momento que me distancio Dele, sinto-me cada vez menor, em minha humilde inexpressividade... Dentro dessa incontestável proporcionalidade, como se fosse um microbiozinho qualquer.
E isso me leva a muitas e profundas reflexões a respeito de nós mesmos, eu que de pé, assisto a uma formiguinha tentando entrar debaixo de meu sapato e, neste momento, envolvido pelas idéias controversas que aturdem agora minha mente, tiro rapidamente o pé, assustado, evitando assim esmagá-la; na verdade, como se saindo de um pesadelo, dei conta de mim, colocando-me em seu lugar, ficando com os pelos arrepiados, sentido o efeito que o pisoteio teria em mim mesmo; É assim que me sinto com relação a essa formiguinha e a meus semelhantes também. Na configuração de nossa estrutura familiar, aprendemos desde criança a aceitar as seitas religiosas que nos são apresentadas, seguindo os ensinamentos de nossos pais e o direcionamento de toda a memória à religião a que nos predispomos escolher e que achamos correta, nos dedicando a ela como uma razão muito forte para nos contermos, vivendo em sociedade de forma ordeira e fraterna, temendo e amando a Deus, a Alá, ou a qualquer nome que se dê ao Grande Arquiteto do Universo. Mas, mesmo em nossa vã filosofia, com nossos vícios e defeitos, temos de admitir sabermos, de antemão, que tudo que é criado pelo homem longe está de merecer qualquer idéia mais aproximada de semelhança com a divindade de Deus e de seu Santo Filho. Assim é que, tementes da representatividade e da inexorabilidade das forças divinas e conhecendo nossas limitações, procuramos fortalecer nossas crenças na expectativa de salvação eterna após a morte, na forma de contrapartida por uma passagem pela terra sem maiores comprometimentos, pedindo perdão por pecados que cometemos, todos os dias, na ridícula encenação do teatro da vida cotidiana, por nós atores, a fim de justificar os próprios erros. Mas não é com orações vazias que conseguiremos reduzir esse espaço, diminuir essa distância. Recebemos a vida por graça de Deus, sem pedir ou a merecer... Uma dádiva certamente! E ainda que conscientes de nossas limitações, precisamos enaltecê-la, valorizá-la, demonstrando dessa forma nossa eterna gratidão por tão glorioso presente, com muito amor e carinho. E o amor estará presente em todas as coisas a partir do momento que o temos no coração. A melhor forma de tê-lo portanto, é procurar olhar para os lados e para baixo, a fim de que possamos nos situar, fortalecendo nossas convicções, e estaremos dessa forma nos conscientizando de que somos mais felizes que milhões de outros seres, nossos irmãos, a quem devemos a obrigação de procurar mitigar seus sofrimentos, partilhando com eles as graças que recebemos. E a solidariedade torna-se então uma palavra mágica, santa, fazendo com que nos sintamos verdadeiros, realizados, na expectativa da fraterna doação, do amor e da dedicação voluntária e aí nos sentiremos então, bem próximos Dele e de sua Santa Onipotência.
Urias Sérgio de Freitas