Para que esta inquietude?
Tenho tido uma certa inquietude. O “tenho tido” é um período de tempo parecido com o tempo que iniciou no dia que me percebi gente, até o dia de hoje em que escrevo este texto. Anos ou horas, nem importa o que interessa é a inquietude, estou brigando com minha inteligência, renegando meu saber, tentando conseguir ser como parecem ser tantos:
- Simples.
Aquele simples que acredita no que querem que ele acredite, que não se irrita com o descaso de quem podia mudar e melhorar a vida de outros. Com o desrespeito do próximo por puro ignorar. Enfim o simples que feliz com a rotina da vida, com o carro novo, com a prestação de algo que em dez anos poderá chamar de seu, vive feliz. Nem aí pra greve, manifestação, um nem ai mesmo, nem se irrita, nem apoia, nem percebe de fato, é apenas algo para se ver como o fim da novela ou o filme da vez no nickelodion mais próximo.
Este sujeito é feliz!
Eu? Eu me irrito com o descaso, com o desrespeito, com o ignorar. Sou feliz? Nem.
De que adianta este tipo de raciocínio tido como culto e sofisticado? Nada.
Parabéns simples, viva e seja feliz. Será meu modelo. Quem sabe eu consigo.