CEMITÉRIOS LOTADOS. OLINDA (PE) VAI EXPORTAR FUNERAIS
A vereadora olindense Mônica Ribeiro (PDT) denunciou na manhã de ontem (09/07/13), durante a reunião plenária da Câmara Municipal, a falta de infraestrutura do Cemitério do Guadalupe. Ela disse ter ouvido do próprio administrador daquela necrópole, que não há vagas e que, no momento, só existe condições de realizar um sepultamento por dia. Tudo por conta de uma obra inacabada da prefeitura, que deveria ter sido concluída no ano passado, e está paralisada. Mônica questionou: será que o nosso prefeito parece com aquele personagem Odorico Paraguaçu? Na galeria, o público gostou, riu e aplaudiu a vereadora.
O vereador Nido Guabiraba (PTC) seguiu na mesma linha. Disse que os moradores dos bairros de Caixa D’água, Córrego do Abacaxi, Nova Olinda, Aguazinha, São Benedito e os diversos altos e córregos próximos também estão enfrentando dificuldades para sepultar os seus mortos no Cemitério de Águas Compridas.
Nido Guabiraba garantiu que aquele cemitério está quase fechado e queixou-se de que a prefeitura não tem nenhum projeto de ampliação. Nessa terça-feira (09/07/13), faleceu um líder comunitário e ex-candidato a vereador, conhecido como "Verdura", e não pôde ser sepultado por falta de catacumbas e covas. O seu enterro ficou para esta quarta-feira (10).
Oposto - Queriam todos os olindenses que, pelo menos no item cemitério, Olinda (PE) fosse igual a Sucupira (Filme/novela "O Bem Amado). Na história, o prefeito Odorico Paraguaçu tinha obsessão em inaugurar o único cemitério da cidade, que foi a sua principal promessa durante a campanha eleitoral, para acabar com a história de que os mortos sucupirenses continuassem sendo sepultados nas cidades vizinhas. O problema foi que, após a inauguração do cemitério, ninguém mais morria na cidade e o espaço não era ocupado, para desespero do prefeito.
Em Olinda, o problema não é bem este. Muito pelo contrário! A cidade tem cemitérios e as pessoas continuam morrendo. Mas, por conta da 'falta' de um Odorico Paraguaçu na administração municipal - preocupado em enterrar os mortos na cidade onde nasceram e viveram - os cemitérios locais não foram ampliados e a prefeitura não se planejou para a construção de um novo campo-santo.
Enquanto lá, em Sucupira, o prefeito andava desesperado pela falta de mortos para ocupar o cemitério; aqui, em Olinda, a situação não tem nada de cômica. O prefeito Renildo Calheiros (PCdoB) vê os olindenses morrendo sem ter onde ser enterrados e não está nem aí, continua quieto e tranquilo, como se isso não fosse um problema. E não adianta nem esperar por uma promessa.