Escola Estadual Professora Veridiana C.C.Gomes e o centenário do Jardim Brasil.

E.E.P.S.G PROFESSORA VERIDIANA CAMACHO CARVALHO 35 ANOS DE HISTÓRIA NO CENTENÁRIO DO JARDIM BRASIL

PREFÁCIO

A professora Rosa Oliveira Magalhães pegou a Bandeira Nacional, desfraldou-se sobre a mesa da sala, na qual se dividiam várias classes, e disse:

- Todos vão desenhar, agora, a bandeira, da posição em que a estejam vendo. Cuidado com as cores!

E tomei do lápis para lhe fazer os contornos. A escola era pobre. Da farda só o escudo. Os pés, aliás a maioria dos pés, entrados em tamancos de madeira. Os livros tinham as marcas de várias mãos infantis e dezenas de assinaturas vacilantes[...] (CARVALHO, 1994 p.144

Quando, na escolha de vagas para o ingresso no magistério estadual, só me restou na escolha a Escola Estadual Professora Veridiana Camacho Carvalho Gomes, no Jardim Brasil, confesso que passei a ter dezenas de noites de insônias. Diziam horrores do Bairro, da escola, dos alunos.

Sugeriram-me visita-la antes. Não o fiz. Deixei para o dia da convocação. Antes da convocação fiz uma ligação para a secretária e fui muito bem atendido. Falei com o vice diretor depois e também fui atendido.

Ao chegar para a posse, não só fui bem atendido pela direção bem como pelas mães que estavam fazendo matrículas na escola. A recepção de boas vindas, no dia da atribuição, foi a gota que faltava para apaixonar-me de cara pelos colegas, pela direção e pela escola como um todo.

Confesso que não esperava encontrar uma equipe de colegas tão solidária e indefessa. Parece que parte do DNA da Dona Veridiana está dividida no coração de cada professor, tamanha é a dedicação deles com as dificuldades de trabalho, mas, mesmo assim, os grandes colegas dão o melhor de si.

Pena que as autoridades educacionais nunca valorizam os profissionais da educação. Se não fossem esses profissionais, a educação no Brasil, e , notadamente em São Paulo já estaria no colapso total.

Não seria justo que eu, aluno de Rosa Oliveira Magalhães, que formou uma quantidade de cidadãos para o mundo, jamais deveria me acovardar diante de uma situação aparentemente adversa. Hoje sou da família Veridiana e com muito orgulho, apesar das dificuldades.

João Nogueira da Cruz

Mestra Silvina

Vesti a memória com meu mandrião balão.

Centrei nas mãos meu vintém de cobre.

Oferta de uma infância pobre, inconsciente, ingênua,

revivida nestas páginas.

Minha escola primária, fostes meu ponto de partida,

dei voltas ao mundo.

Criei meus mundos...

Minha escola primária. Minha memória reverencia minha

velha Mestra.

Nas minhas festivas noites de autógrafos, minhas colunas de

jornais

e livros, está sempre presente minha escola primária.

Eu era menina do banco das mais atrasadas

Minha escola primária...

Eu era um casulo feio, informe, inexpressivo.

E ela me refez, me desencantou.

Abriu pela paciência e didática da velha mestra,

cinqüenta anos mais do que eu, o meu entendimento ocluso.

A escola da Mestra Silvina...

Tão pobre ela. Tão pobre a escola...

Sua pobreza encerrava uma luz que ninguém via.

Tantos anos já corridos...

Tantas voltas deu-me a vida...

No brilho de minhas noites de autógrafos,

luzes, mocidade e flores à minha volta, bruscamente a

mutação se faz.

Cala o microfone, a voz da saudação.

Peça a peça se decompõe a cena,

retirados os painéis, o quadro se refaz,

tão pungente, diferente.

Toda pobreza da minha velha escola

se impõe e a mestra é iluminada de uma nova dimensão.

Estão presentes nos seus bancos

seus livros desusados, suas lousas que ninguém mais vê,

meus colegas relembrados...

Queira ou não, vejo-me tão pequena, no banco das

atrasadas.

E volto a ser Aninha,

aquela em que ninguém

acreditava.

Cora Coralina

(1889-1985

" FUNDAÇÃO DA ESCOLA E A PROFESSORA DONA VERIDIANA"

Histórico de criação: Criado pelo Decreto Lei nº 963/77, Lei 7635/91, Res SE artigo 1º, publicado no DOE de 09/03/1994.(Fonte: Diretoria de Ensino Norte 2)

A Escola Estadual de primeiro e segundo grau Veridiana Camacho Carvalho Gomes no Jardim Brasil, foi inaugurada em agosto de 1978 na gestão do Governador Paulo Egydio Martins. Era então Secretário de Estado da Educação o Sr. José Bonifácio Coutinho Nogueira; Presidente da Conesp, Gilberto N Bueno e prefeito de São Paulo, Olavo Egydio Setubal. Exordialmente foi inaugurada com o Nome de Gustavo Barrosos e, posteriormente, através de uma campanha para homenagear a Diretora que muito fez pela escola, foi oficializada com o seu nome.

A Escola foi uma das primeiras da região a ser construída e inaugurada. A região à época no Jardim Brasil estava a mercê dos assaltantes e dos maus elementos. Ainda não havia a questão do tráfico de drogas, mas as violências provocadas pelos inúmeros assaltos levaram os pais a declinarem de fazer a matrícula dos seus filhos nesta escola. Preferiam leva-los para outras escolas mais distantes na busca de maiores seguranças. Também os profissionais da educação não queriam laborar na escola pelas razões já conhecidas.

Praticamente a Escola Gustavo Barroso (Veridiana ) estava condenada a ser fechada devido ao latente fracasso a que ela estava condenada face a falta de alunos e professores. Foi partindo destas grandes dificuldades que as autoridades educacionais da época resolveram convidar a professora Dona Veridiana, então coordenadora em uma outra escola, para assumir a direção do Gustavo Barroso(Veridiana).

A professora Dona Veridiana chegou ao Gustavo Barroso com uma missão árdua de recuperar a escola e estabelecer uma parceria com a comunidade. Fez um trabalho de formiguinha indo de casa em casa, de barraco em barraco, de comunidade em comunidade, conversando com os pais de alunos e também convencendo os alunos a se matricularem na escola. Se não bastasse a busca incessantes de alunos para a escola, dona Veridiana também fundou o ensino noturno na escola. Segundo informações da professora Vanessa, de história, os alunos que chegavam à noite depositavam as armas na mesa dela e depois as pegavam de volta na saída, quando havia o encerramento das aulas.

Dona Veridiana parecia não ter cansaço físico. Chegava bem cedinho à escola segundo dona Arimateia, a caseira, e só saia depois que o último funcionário saísse. estava sempre alegre e de bom humor e adorava flores.

Quando o padre jesuíta José de Anchieta chegou ao Brasil com seus dezenove anos de idade, foi cognominado de: O Apóstolo do Novo Mundo. Podemos chamar a Dona Veridiana Camacho Carvalho Gomes de: O anjo salvador da escola Veridiana.

Segundo relatos, o marido da professora dona Veridiana era muito ciumento e não concordava com esta dedicação dela em tempo integral pela educação.

Em um dia de discussão acalorada, o seu marido deu vários tiros nela na saída de um supermercado e se matou em seguida. Ela não morreu no ato em que sofreu o atentado. Ainda ficou alum período em cadeira de roda até vir a falecer. Seu corpo está enterrado na cidade de Ibirarema, interior do Estado de São poaulo, sua terra natal

Após a morte de Dona Veridiana, um professor da escola lançou uma campanha para que o nome da escola mudasse de Gustavo Barroso para Veridiana Camacho Carvalho Gomes, para homenagear de fato a pessoa que fez a escola renascer logo depois de ser concebida, já que o fracasso era uma questão de tempo para que culminasse com o fechamento da escola.

E verdadeiramente se fez justiça: ser chamada pelo nome daquela que nem só foi uma diretora de peso e de fato foi a razão da existência da própria escola “ Professora Veridiana Camacho Carvalho Gomes.”.

Breve biografia de Dona Veridiana, a patrona da escola.

A patrona da nossa escola Professora Veridiana Camacho Carvalho Gomes, nasceu aos 09 de agosto de 1940 em Ibirarema interior do estado de São Paulo.

Lá concluiu o grupo escolar, cursou em Palmital o antigo ginásio e mais tarde em Ourinhos, concluiu o curso normal tornando – se Professora Primária.

Só após seu casamento, fixou residência em São Paulo, onde passou a trabalhar na Educação. Exerceu a função de secretária numa escola em Guarulhos, na qual também desempenhou o cargo de professora. Após concluir o curso de pedagogia na Faculdade Santana, prestou concurso público de ingresso para diretor de escola, vindo exercer este cargo na E.E.P.G “Gustavo Barroso” em 1979.

Foi nesta Unidade Escolar que a Professora Veridiana desempenhou seu nobre papel de educadora sempre preocupada com a educação e acreditando na escola Pública, dedicava parte de seus dias no envolvimento com os alunos, acreditando na capacidade e crescimento de cada um.

Porém, uma de suas preocupações era o aluno do período noturno que, por ser trabalhador, merecia atendimento e aprendizado diferenciado, por isso realizou um trabalho com professores e alunos, introduzindo o Projeto do Curso Noturno na E.E.P.G” Gustavo Barroso” Hoje Veridiana.

Jamais esmorecia diante de qualquer obstáculo, achando sem humildade, despojava-se de todo o seu conhecimento científico e recebia todos: pais, alunos, professores e funcionários esquecendo se de si mesma e dispondo de um tempo que era tão pequeno em benefício do outro.

Por ser uma pessoa extremamente generosa humilde e humana doava-se ininterruptamente a qualquer que dela precisasse. Amava profundamente a vida e mesmo nos momentos difíceis, cantava para que os mesmos fossem amenizados.

Foi uma mãe extremosa e carinhosa, zelava pelos filhos dos quais tanto se orgulhava.

Mesmo nos momentos difíceis de sua vida recebia todos com um largo sorriso e tinha sempre uma palavra de alento.

Por tudo isso, fez jus à honra que lhe foi oferecida, pós póstumos , passando o nome de: Escola Estadual de Primeiro Grau “ GUSTAVO BARROSO” Para Escola Estadual de Primeiro Grau “ PROFESSORA VERIDIANA CAMACHO CARVALHO GOMES”.

Dona Veridiana, ser humano de primeira grandeza, dividia com todos o seu sucesso e uma das frases que mais marcou, foi , quando, na sua fala de despedida do magistério, dirigindo-se ao grupo de professores de sua escola, agradeceu-lhe dizendo: Nunca muitos fizeram tanto, tão pouco, muito obrigada amigos”.

Faleceu aos 26 de junho de 1990 na capital do estado de São Paulo, sendo sepultada na sua terra natal(fontes Diretoria de Ensino Norte 2)

Depoimento da Vice Diretora do Veridiana dona Lourdinha.

A entrevista foi dada ao professor João, no estacionamento da escola em 28/06/2013. O áudio da entrevista completa está disponível (será definido posteriormente).

O Edu Chaves levava uma vida de aventuras. Ele comprou esta fazenda para ser um aeroporto. Os hangares eram mais ou menos próximos ao Gabriela Mistral. Tinha dois lugares lá e nesta região onde está construído o Veridiana, caíram muitos aviões de pequeno porte e também vinham os pracinhas praticarem tiro ao alvo nesta região. Era uma área com muitas pastagens, eucaliptos, gramado, pomares.....Então, a partir dai pintaram muitas chácaras e um dos moradores mais antigos era o Senhor Marcondes com sua família . Todos os filhos do Senhor Marcondes nasceram no Jardim Brasil, precisamente na esquina da Avenida Roland de Garros com a Rua Benfica. Então é.......como ele tinha criação de gado, o gado ficava circulando sempre nesta região e seu Carneiro........Ah, foi feito um loteamento e o seu Carneiro que era um dos proprietários do loteamento incumbiu o meu pai, seu Marcondes para administrar o loteamento.

Quando vinham os fazendeiros, os compradores cuja maioria era do interior de São Paulo, eles tinham que pegar o trenzinho até o Jaçanã, ou até o Tucuruvi. O acesso era muito difícil. Depois que chegavam ao Jaçanã ou no Tucuruvi, eles tinham que vir até aqui de cavalo ou charrete.

Aqui tudo era fazenda e depois virou chácara, loteamento e hoje é tudo isso que estamos vendo. Poucas ruas prevaleceram com o nome do loteamento. Por exemplo: A Mendes da Rocha era Rua da Penha. Por que rua da Penha? Havia um projeto de que a Rua da Penha ia terminar na Penha, mas, com a construção da Rodovia Fernão Dias, que não existia na época pelo Cabuçú, então o projeto foi deixado de lado por não ter mais sentido , de acordo com o projeto inicial e hoje é a Mendes da Rocha.

A Roland de Garros, de origem francesa o nome, foi uma homenagem ao Roland Garros que era um aeródromo porque próximo daqui havia um aeroporto, então aeródromo.......e as ruas que permaneceram com o mesmo nome: Tinha a Avenida Central. Não sei se a Avenida Central é a atual Itamonti ou Antenor Navarro. Então todas......Ai! (emoção)

Sobre a escola Veridiana, a educação aqui era muito precária. Aquelas crianças lá de trás, elas não tinham acesso à escola tão perto. A escola mais próxima era a Júlio Pestana. Era tudo de chão e terra. Quando chovia era aquele lamaçal terrível. Quando chovia havia enchentes no rio Cabuçú e as travesias nestas pontes da Mendes da Rocha ......Só tinha uma ponte de madeira na Avenida Edu Chaves e lá no Jardim Japão. Nas demais, o que existiam eram troncos de eucaliptos estendidos entre uma margem e outra onde a criançada achava o máximo atravessarem pelas pinguelas de uma margem a outra . Pinguelas são essas pontes de troncos com corrimão de madeira de um lado.

Eu, a professora Lurdinha vice - diretora da escola Veridiana, adorava fazer as travessias que iria dar na água. ....Então a escola era Júlio Pestana. Seu Marcondes com o conhecimento que tinha, conseguiu que se fizesse uma escola na Avenida Edu Chaves. Era uma escolinha de apenas um cômodo. O piso era de paralelepípedo. A lousa era de cimento e as carteiras e carteiras eram de madeiras rústicas. Usava-se caneta tinteiro. Se borrasse, a criança tinha que pegar o mata borrão giz do professor para enxugar a tinta. Quando terminaram de construir o Gabriela Mistral, antes era chamado de Grupo Escolar Parque Edu Chaves em homenagem ao Edu Chaves. O banheiro desta escolinha era aquela privada que se fazia um buraco no chão lá no fundo do quintal e colocava-se um caixote para servir de assento para fazer as necessidades.

Então, se alguém ir ao banheiro, tinha que sair da sala e ir para o fundo com chuva ou sem chuva. Hoje tem se todo o conforto e não se dá valor. Naquela época se estudava muito! Por exemplo: Os colegas da professora Lurdinha, tem médicos, tem dentistas, tem policiais, sargentos, tenentes e eram pobres. Hoje a maioria tem de tudo! Tá faltando o quê? . É ambição, vontade, de progredir e aprender e ser alguém, pensar no futuro e no amanhã.

O grupo Parque Edu Chaves , quando o pessoal formou o Ginásio, só tinha lá em Santana, depois o Albino Cesar. Ai teve o Ginásio Estadual Parque Edu Chaves. Da região foi o primeiro. Depois veio o Gustavo Barroso, hoje Veridiana, a escola Eurípedes , o Faria Lima e hoje, graças a Deus temos muitas escolas e muitos jovens que , infelizmente não querem aprender e abandonam no primeiro mês .

A professora Veridiana ele deu muito de si . Ela foi uma pessoa dedicada e se entregou de corpo e alma à escola Gustavo Barroso, que mais tarde passou a ter o nome dela .

Houve no passado um prêmio instituído pela Secretaria de Educação, chamado Prêmio Terra Paulista e das dez escolas selecionadas, o projeto da escola Veridiana comandado por mim, ganhou em primeiro lugar.

Professora Lourdinha hoje é vice - diretora da escola Veridiana. Conheceu a professora Veridiana que gostaria muito que dona Lurdinha viesse trabalhar na escola. Infelizmente não foi possível. Mas hoje o sonho de Dona Veridiana de ter a Dona Lourdinha no Veridiana está se realizando.

Um pouco do bairro Jardim Brasil

Jardim Brasil é um bairro da cidade de São Paulo, situado no distrito da Vila Medeiros, na Zona Norte da cidade. É um bairro plano, a dois quilômetros da Rodovia Fernão Dias (BR-381), sendo vizinho do Parque Edu Chaves, Vila Medeiros, Jardim Julieta e Vila Sabrina. Possui a característica de ter, em maior parte, ruas retas e paralelas, com cruzamentos perpendiculares. O bairro já foi considerado um dos mais perigosos de São Paulo, citado até na música Diário de um detento do grupo Racionais MC. O aniversário do bairro é comemorado todos os anos com uma grande festa, que conta com o desfile de academias, bandas, fanfarras, dentre outros, reunindo os moradores da região.

O bairro nasceu a partir da propriedade do aviador Eduardo Pacheco Chaves, mais conhecido como Edu Chaves. No início do século 20, em 1913, por conta de dívidas familiares, ele foi obrigado a vender suas terras para a Companhia Agrícola Imobiliária do Brasil (daí o nome atual do local, “Jardim Brasil”). Com a venda de mais lotes e a chegada de mais pessoas para residir no local, deu-se início o processo de urbanização, com chegada da água encanada e energia elétrica na região. Na década de 70, aconteceram as primeiras obras viárias e pavimentação asfáltica. Hoje, o bairro ocupa uma área de 6,89km², com cerca de 80 mil habitantes, perto de 18 mil residências, 85 via oficiais e 5 praças.

História

O bairro do Jardim Brasil, originalmente, fazia parte da fazenda de Eduardo Chaves, situada entre a fazenda Buraco Fundo e o município de Guarulhos e separada pelo Rio Cabuçú. O local era plano e mostrava-se adequado para a construção de um campo de aviação, o que se viabilizou com a instalação de um hangar e a primeira escola paulista de aviação, nos primórdios de 1910. O bairro nasceu em 18 de agosto de 1913, em um núcleo formado na fazenda Eduardo Chaves.

A partir deste ano, seu proprietário adquiriu aviões, hipotencando parte de suas terras ao Banco do Brasil para cobrir suas despesas de importação. Não podendo resgatar a dívida, Eduardo Chaves vendeu uma área à Companhia Agrícola Imobiliária Brasil, que a loteou em 1920, dando-lhe o nome de Jardim Brasil. Outra parte das terras foi vendida para Piero Roverze e José Gomes Carneiro, que as lotearam em 1922 devido ao crescimento do bairro do Jardim Brasil.

Os loteamentos deram origem a algumas casas, sendo que a maioria dos lotes foram vendidos a pessoas residentes no interior de São Paulo. Somente em 1946 surgiram as primeiras melhorias básicas no bairro, como saneamento básico e iluminação.

Em 29 de julho de 1956, foi fundada a Sociedade Amigos do Jardim Brasil, entidade que até hoje mantém sua finalidade de atender à reivindicações da comunidade da região e atualmente é presidida por Aurelino Guanabara Bispo Vieira. Segundo Guanabara, antes o bairro era tido como jardim do lixão, em função do seu baixo desenvolvimento econômico e social. Hoje, o bairro conta melhores condições de saúde e segurança que atendem a comunidade. A Associação dos Moradores e Amigos do Jardim Brasil, é uma entidade sem fins lucrativos, e é o órgão de representação oficial da população do bairro do Jardim Brasil, com o dever lutar por saneamento básico, calçamento das ruas, construção de praças e áreas de lazer, fiscalizar e solicitar novas linhas do transporte público do bairro, fiscalizar o funcionamento das escolas públicas, e dos postos de saúde público dentro do bairro, promover cursos profissionalizantes para a população do bairro, assim como assistência social e jurídica e promover a integração e o bem estar de toda a comunidade do bairro. Com todo esse trabalho que é desenvolvido, os pontos fortes são sempre poder colaborar com os moradores e comemorar a cada conquista alcançada, dando mais animo de lutar por novos objetivos. E é claro que essa Associação só tem essa “força” por existir a tanto tempo, conhecendo os moradores, fazendo parte deles e lutando por um bem comum.

Fonte: Semanário da Zona Norte