ALMAS GÊMEAS

ALMAS GÊMEAS

Uma situação polêmica e controvertida quando alguém fala em alma gêmea. O problema é que, alguns profissionais de televisão, principalmente aqueles que trabalham com novelas, gostam de inovar em cima de assuntos, que eles não dominam. Em sua opinião, você acha que existem almas gêmeas? Uma nascida para a outra. Ou coisa parecida! Quando se fala em alma vem logo à indagação? O que seria uma alma? Para os espiritistas é a encarnação de um Espírito. Sendo assim todos nós somos almas. Alma Espírita é a expressão que usou Allan Kardec para designar o princípio da individualidade do homem depois que o seu corpo morre; ou, simplesmente alma, o ser imaterial, distinto e individual, unido ao corpo que lhe é envoltório temporário; tem-se dito que a alma é o Espírito encarnado, princípio da nossa individualidade após a morte. O próprio Kardec ainda usou o termo Alma Intelectual expressão que designa o princípio da inteligência comum aos homens, e os animais.

E aí já deu para assimilar alguma coisa? Não? Então vamos em frente. Almas Gêmeas trata-se de uma expressão romântica para designar a grandeza da simpatia e da afeição que une dois espíritos. Não deve ser essa expressão interpretada no sentido de “metades eternas”, pois, se um Espírito fosse metade do outro, ambos perderiam a individualidade. Allan Kardec assim se expressou quando tratou do assunto: “É preciso rejeitar essa idéia de que dois Espíritos, criados um para o outro, deverão um dia, fatalmente, reuniram-se na eternidade, depois de estarem separados durante um lapso de tempo mais ou menos longo”. Se vocês quiserem tirar as dúvidas por completo, é só consultar o Livro dos Espíritos, questionamento de nº. 291 e posteriores.

O primeiro ponto de estudo surge na nota da Editora inserida ao final do livro mencionado (O Consolador). A equipe responsável pela edição e divulgação da obra, preocupada com a fidelidade aos princípios codificados por Kardec, propõe a Emmanuel, autor da tese, um questionamento em que identificam a tese das almas gêmeas à teoria das metades eternas, que é examinada em “O Livro dos espíritos”, páginas 298 a 303. Lembramos, a propósito desse tema, que os Espíritos reveladores não ratificam a teoria das metades eternas, considerando que não existe união particular e fatal entre duas almas. O grande Allan Kardec para dirimir de uma vez com o questionamento, acrescenta um comentário ao final das perguntas, afirmando que a expressão “metades eternas” deve ser tomada como uma metáfora, uma figura que simboliza a união de dois Espíritos Simpáticos ou afins.

Há quem afirme que Emmanuel em uma determinada encarnação, chamava de maneira carinhosa e tão somente carinhosa, a sua noiva de minha alma gêmea. Mas, os espíritos se encarregaram em acabar de uma vez por todas com a dúvida, que perdura até os dias atuais para os leigos, aqueles que não estudam e não conhecem a doutrina espírita. Ao analisar a afirmativa de Emmanuel de que a expressão “almas gêmeas” não pretende dizer “metades eternas”, precisamos partir da percepção de que as duas expressões são, na realidade, metáforas que representam a ligação entre homem e mulher pelo amor. O numeral metade-sugere algo incompleto, que só se torna um inteiro, se reunido à outra parte igual. Então, a teoria das metades eternas, realmente não dá conta de explicar a questão da aproximação das almas e de sua união pelo amor, razão, porque os espíritos a rejeitaram e o Codificador apenas a admite como uma figura que pode simbolizar a afinidade entre dois Espíritos: são tão afins, parecendo que um espírito completa o outro, formando uma só individualidade.

Mas não se pode ir, além disso, e pretender que deus tenha criado os seres pela metade. A outra confusão que fazem é sobre a palavra incorporação. Na realidade um ser não pode penetrar o corpo do outro, está contrariando as leis da física, onde dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço. Na realidade essa expressão é incorreta. Visto que os espíritos se comunicam através do pensamento. O encosto que muitas pessoas falam nada mais é, do que a obsessão. O obsidiado é assediado constantemente pelo obsessor sofrendo influencias de ordem de impertinência, perseguição, vexação, preocupação exagerada com determinada idéia, que domina de maneira doentia o espírito. Se o mesmo não for logo tratado, poderá cair em depressão e será um suicida em potencial.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- ESTUDANTE DE JORNALISMO DA FGF E MEMBRO DA ACI E PRATICANTE DA DOUTRINA ESPÍRITA.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 01/04/2007
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