OLHOS QUE NÃO ENVELHECE
PERSPESCTIVA
Tenho sessenta anos,
Sessenta anos olhando e vendo o mundo,
Vendo pessoas de todas as idades.
Quando tinha vinte olhava garotas de vinte
Enxergava as jovens como possibilidades.
O Tempo passou tive quarenta,
Enxergava as jovens de vinte e via possibilidades.
Hoje tenho sessenta olha as jovens de vinte
E continua vendo possibilidades.
Explico, o meu olhar não mudou para o que é belo.
Quando era jovem via a bela jovem e admirava.
Via a bela quarentona e admirava.
Via a bela Sessentona e admirava.
Mas quando tinha vinte, só achava possibilidade
Nas belas jovens de vinte.
O tempo passou, mas o meu olhar não mudou.
Ampliei o leque e as possibilidades.
Continua achando as belas jovens de vinte possibilidades
Só que então hoje com sessenta também acho
Possibilidades nas quarentonas e nas sessentonas.
Quando reflito tenho duvidas se não estou sendo ridículo
Principalmente quando vejo nas jovens de vinte possibilidades
Pois acho que as jovens de vinte dificilmente
Vêem no sessentão aqui alguma possibilidades.
Sei que não é impossível a interação
Mas na verdade a jovem de vinte e o sessentão
São duas gerações distantes.
As possibilidades são distantes e mesmo quando possível
Problema com certeza gerará, pois com mais vinte
A jovem de vinte estará perfeita, mas o sessentão
Quase estará na frauda.
Mas mesmo assim insisto por que o sessentão
Quando olha a jovem de vinte vê possibilidades.
Será que o olhar não envelhece.
Ou será que o belo é belo
E a jovem de vinte nunca deixará de ser possibilidade
Pelo menos aos olhos do admirador de qualquer idade.
Estrela da Mantiqueira