O IMPORTANTE PAPEL DA PONTE
Ponte significa ligação. É o elo que permite união. Há várias modalidades de pontes: de alvenaria, de madeira, de ferro, de concreto e muitas outras que a criatividade e a tecnologia possam apontar. Mas, a ponte a que me refiro não tem formas concretas, é abstrata, absolutamente abstrata e amorável. Se não podemos ser fim, devemos, pelo menos tentarmos ser pontes: levar boas informações, ensinamentos, incentivos... Passar sempre uma mensagem que construa.
Tudo seria tão diferente se tivéssemos a consciência da necessidade de erigir boas pontes. Acredito que o mundo seria bem melhor: mais humano. Afinal somos seres carentes de afetividade em todos os sentidos. Precisamos nos amar mais. Precisamos repartir a afetividade que nos vai no peito.
O poder da palavra faz milagres ou desastres. Uma afirmação desairosa, negativa, às vezes pode destruir uma vida inteira. É bom ressaltar que o elogio é uma excelente maneira de conseguirmos impulsionar as pessoas na busca de seus objetivos. Corrija o erro, mas elogie o certo. Ajude! Há tanta gente, no seu rol de amizades, que talvez esteja precisando muito de uma palavra sua!
Precisamos construir caminhos para o sucesso, por meio de boas pontes, encorajando sempre: “você pode, você é capaz”! Afinal somos responsáveis pelas pessoas que formam o nosso próximo mais próximo e até por aquelas com quem mantivermos algum diálogo. É tão bom vê-las conquistando divisas, palmilhando melhores caminhos. E pensar que pudemos dar uma minúscula ajuda de incentivo... Quantas não sabem aonde ir ou não vão por não acreditarem em si mesmas. Dê a elas um pouco de fé. Aja enquanto é tempo. Dê a si mesmo a satisfação de estar sendo útil na construção de um mundo melhor.
Há, ainda, as pessoas que auto se vitimam, registrando problemas que não existem ou que poderiam ser vistos de outra forma. Aliás, os problemas só são reais quando nós os registramos como tais. Somos nós que os criamos e os damos tanta importância. Depois, tudo é resolvível! Basta que a mente esteja direcionada à sua resolução e o agir enquadre-se dentro do código da honestidade, respaldado pelo princípio: “Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem a você”.
É preciso que usemos a nossa força interior na construção de castelos, de torres de solidariedade humana.
Por que destruir se podemos erigir? Não há ninguém, que não tenha potenciais. Todos são capazes de crescer. Basta acharem o caminho, a ponte, ou alguém que os mostre, que os conduza, que os faça reconhecer que têm capacidade.
Tudo que falamos ou fazemos repercutirá nos quatro cantos do mundo, modificando sempre alguma coisa. Por isso procure plantar uma boa semente. Antes de passar uma mensagem à frente, submeta-a ao crivo de sua consciência, perguntando sempre: ajudará alguém? Será que poderei construir? Quantos lerão a sua mensagem, a qual se multiplicará conforme a individualidade e maturidade de cada um. Seja responsável e satisfaça-se em ver que os outros ao seu redor estão ascendendo rumo ao bem. Lembre-se do sândalo que perfuma o machado que o corta; da abelha que fabrica o mel para o deleite dos outros. E você que pode fazer tanto, construir tantas pontes, jamais poderá eximir-se desse trabalho.
Entre os seus feitos, talvez seja esse o mais significativo e o mais digno nessa caminhada terrestre. Exercite o seu papel de boa ponte! Quando fazemos o bem, recebemo-lo sempre de volta de outras formas. Quantas vezes personificado, materializado, abstrato... Mas, o certo é que a gratificação por uma boa ação, mais cedo ou mais tarde, baterá à sua porta.
O bem é o gestor de felicidade. Não se esqueça disso!
Seja uma boa ponte!
No final, não se assuste se for você a pessoa mais feliz, pois há mais felicidade em dar do que em receber.
Genaura Tormin - escritora, é autora dos livros PÁSSARO SEM ASAS e APENAS UMA FLOR e NESGAS DE SAUDADE.