QUASE TUDO

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR*

A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.

Pablo Picasso

Você não deve esperar tudo dos outros, jamais. Há muita gente que vive esperando receber tudo dos pais, de algum parente, de amigos ou do governo. Ora, isso está errado com letras maiúsculas! Você sabe? Ninguém, mas ninguém mesmo pode dar a você a felicidade que você sonha e ou deseja, toda prontinha para ser desfrutada ao seu modo de viver e de sentir feliz. Seus pais, seus professores, alguns colegas e/ou autoridades, só podem dar a você pequenas sementes e ou migalhas de felicidades coletivas, presume-se: escolas, segurança pública, hospitais, remédios, transportes públicos, calçamentos, praças, concursos públicos, distritos industriais para oferecer empregos, etc, que só entram e ficam na sua vida se você aceitar a ideia e engajar-se nela de corpo e alma. Cabe a você aceitar de boa vontade essas pequenas sementes e ou migalhas coletivas e fazê-las plantar para brotar, crescer e dar frutos. Estamos falando de educação (formal e informal), pois, quase tudo depende dela, como instrumento de transformação de sua vida e da sociedade, caso contrário, você ficará com o outro tipo de educação como instrumento de reprodução de sua vida e da vida da sociedade atual. Jamais sairá do atraso e da mediocridade, do clientelismo assistencialista do partido político que estiver exercendo o poder público. Esses frutos, sem sua contribuição em termos de educação, trabalho e dedicação, você jamais os terá. O instituto temporário da bolsa escola, do vale gás (já extinto), de minha casa minha vida, de luz para todos, da taxa básica de água, da sexta básica popular, etc, sem oferecer ao povo oportunidade para se habilitar e se qualificar em termos de mão de obra para o trabalho, vamos sempre alimentar uma cadeia de comportamento alienígena de dimensões incalculáveis de termos sempre milhões de pessoas a margem da pobreza e desmotivadas em todos os sentidos para continuar vivendo em sociedade sem agredi-la, através do uso de drogas licitas e ilícitas, vejam por exemplo, a proibição do uso de drogas licitas, álcool no trânsito, que causa milhares de mortes todos os anos no Brasil. É melhor ensinar a pescar do que simplesmente dar o peixe. Sabemos que os programas sociais do governo serão sempre necessários, porém, o governo deve qualificar essa população para o trabalho, inclusive como forma de valorização do ego em termos de cidadania do ser humano. É triste viver dependendo dos outros. O que vale dizer que premiar alguém com dinheiro público em termos de programas sociais, sem qualificá-lo para o trabalho é fabricar pessoas ociosas para acomodar-se e viver sempre dependendo do auxiliar público (quem paga tais programas sociais é a população que trabalha e paga impostos diretos e indiretos todos os 365 dias do ano) e privado ( que paga todos os impostos diretos e indiretos). E o governo em vez de investir na implantação de distritos industriais e outras formas de empresas e serviços para oferecer empregados em todos os setores da economia, fica isonomicamente também alienado para não deixar morrer de fome os brasileiros desempregados e desqualificados para o trabalho e que vivem abaixo da linha de pobreza. É uma das piores chagas da vida de todo e qualquer ser humano, que somente se dará conta desse tipo de vida se tiver criticidade, e só terá criticidade, se tiver pelo menos a Educação Básica concluída, caso contrário formará fila ao lado da população alienada e vítima dos urubus candidatos em vésperas de eleições nos três níveis de governos.

E até porque Fernando Pessoa enfoca de que “tudo quanto vive, vive porque muda; muda porque passa; e, porque passa, morre. Tudo quanto vive perpetuamente se torna outra coisa, constantemente se nega, se furta à vida’. Então minha gente é tempo de mudar para melhor em quase tudo em nossas vidas, inclusive do governo nacional condicionar os programas sociais as famílias de baixa renda no sentido de que todos os beneficiários chefes de suas famílias sejam obrigados a fazer cursos de qualificação de mão de obra para o trabalho, segundo suas aptidões individuais dentro do prazo de até doze meses depois de ingresso em tais programas.

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Cadeira 7 - Patrono: Carlos Dias Fernandes/Academia Paraibana de Poesia.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 02/06/2013
Reeditado em 02/06/2013
Código do texto: T4322073
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