1- Inicio o meu texto pedindo perdão a Érika, uma das escritoras mais brilhantes do Recanto.
Eu revelei ontem que torci contra o Fluminense e gostei de ver o time carioca ser eliminado da Libertadores.
Vou esclarecer o meu sentimento.
2- O futebol brasileiro, totalmente mercenário, está marginalizando as equipes pobres, arrasando os times nordestinos.
Ganha o Brasileirão quem fizer mais pontos, portanto somente equipes ricas logram a conquista do campeonato.
Os clubes com limitados recursos não conseguem organizar um grupo competitivo nem podem desenvolver uma estrutura vencedora.
Justificando essa realidade, eles dizem que imitam a fórmula européia.
3- Esqueceram de imitar o café da manhã europeu.
Lá, no instante da primeira refeição, as mesas possuem geléia, frutas, um ou dois sucos, diversos pães, queijo, leite...
O café vira um item secundário e dispensável.
Aqui ficamos satisfeitos demais se tiver o pãozinho e a manteiga (eu prefiro a margarina Qualy).
Não é possível dispensar o café.
Compramos leite em pó, pois podemos aproveitar amanhã.
Queijo, geléia, sucos, frutas e diversos pães só aparecem nas mesas das novelas globais quando os personagens pobres estão tomando café.
Na vida real o café do trabalhador honesto é pouco nutritivo.
E os nordestinos?
Muitos deles nunca viram uma mesa.
4- A turma a qual comanda o futebol, que bebe o café europeu, imagina que os nordestinos são bobos da corte.
Levar o nosso dinheiro é o único objetivo.
Nossos estádios ficam lotados por pessoas apaixonadas pelo Flamengo, Corinthians, Fluminense, Santos e outros times famosos.
Quem lota?
Os inocentes alienados nordestinos maltratados.
Revoltado demais, o que eu faço?
Torço contra todos esses times!
5- Vou revelar algo que talvez aborreça alguém.
Em 2002, torci, durante a Copa, para o Brasil perder.
Na final torci demais para a Alemanha derrotar nossa seleção.
Aliás, desde 2002, que a Alemanha é a minha seleção do coração.
Em 2014 ela é a favorita, contudo já “sou alemão” há mais de dez anos.
6- Nossos craques, dentuços ou não, não demonstram nenhum amor à camisa, só almejam o lucro.
O quanto é arrecadado pode ser denominado o único fenômeno dessa lastimável palhaçada.
Adivinhem quem são os palhaços?
O povão é desrespeitado.
Os nordestinos não possuem importância alguma.
Formam a escória que enriquece os patifes.
Aqui, em Salvador, construíram um belíssimo estádio, digno de um país civilizado, mas a situação dos soteropolitanos lembra o quarto mundo.
Talvez vocês não saibam, mas Salvador não tem nem sequer um metrô!
7- Divulgam que os baianos estão sempre correndo atrás do trio elétrico.
Eu morri!
Eu estou morto!
Segundo a música de Caetano Veloso, só não vai atrás do trio elétrico quem já morreu.
Eu nunca fui atrás do trio.
Eu não sou retardado.
Valorizo bastante a reflexão.
O que digo no meu perfil evidencia exatamente o que penso.
8- Fico p da vida vendo, nos dias carnavalescos, o povão lotando as avenidas da capital seguindo os trios elétricos, gerando a riqueza dos badalados artistas baianos.
Depois da festa finalizada, o que acontece?
Os artistas voltam para suas “redomas” milionários.
E o povão?
Volta a enfrentar as misérias do cotidiano.
As Ivetes e Claudinhas voltam a elaborar outras “músicas inteligentes” contendo duas ou três frases estúpidas.
Nós voltamos a dançar literalmente falando.
9- O futebol, um esporte que deveria ser prazeroso assistir, deixou de causar satisfação há muito tempo.
Eu abandonei os estádios desde o começo da década que encerrou o século passado.
Hoje acompanho o meu querido Bahia no radinho de pilha, todavia a alegria já é reduzida.
Capitalistas!
Canalhas!
Ambiciosos!
Destruíram tudo!
10- Espero que o Brasil evolua!
Eu aguardo o milagre.
Espero que nós saiamos da barbárie civilizada atual alcançando a civilização verdadeira!
Espero que as pessoas não estudem pensando somente em ter um diploma, mas estudem preocupadas com o aprendizado e com a contribuição que podem oferecer à sociedade!
Espero que nós paremos de sonegar o imposto de renda enquanto afirmamos que os políticos são os ladrões!
Espero que sentemos com os nossos filhos para conversar, jamais para tomar cerveja!
11- Verificando espantado que a maioria acha o celular indispensável, perde horas navegando no Face, acredita que o homem pisou na Lua em 1969, infelizmente concluo que a coisa está feia pra caramba.
Nordestinos ou não, precisamos refletir mais e repetir menos.
12- Prometo a Érika que vou evitar torcer contra o Fluminense.
Talvez um dia eu volte a torcer pela nossa seleção de futebol da mesma forma que torci pelas inesquecíveis seleções de 1982 e 1986, composta por jogadores que também gostavam de dinheiro, porém, quando jogavam, exibiam um futebol deslumbrante.
Aqueles atletas mereciam desfrutar o entusiasmo que os nordestinos maltratados costumam ofertar aos abutres que vêm explorar nossa sofrida região.
13- Era emocionante ver os passes de Zico!
A habilidade do Doutor Sócrates encantava!
Cerezo, Júnior e Falcão, expressando elegância, faziam a gente chorar!
Ah! Que saudade dos poetas da bola!
Um abraço!
Eu revelei ontem que torci contra o Fluminense e gostei de ver o time carioca ser eliminado da Libertadores.
Vou esclarecer o meu sentimento.
2- O futebol brasileiro, totalmente mercenário, está marginalizando as equipes pobres, arrasando os times nordestinos.
Ganha o Brasileirão quem fizer mais pontos, portanto somente equipes ricas logram a conquista do campeonato.
Os clubes com limitados recursos não conseguem organizar um grupo competitivo nem podem desenvolver uma estrutura vencedora.
Justificando essa realidade, eles dizem que imitam a fórmula européia.
3- Esqueceram de imitar o café da manhã europeu.
Lá, no instante da primeira refeição, as mesas possuem geléia, frutas, um ou dois sucos, diversos pães, queijo, leite...
O café vira um item secundário e dispensável.
Aqui ficamos satisfeitos demais se tiver o pãozinho e a manteiga (eu prefiro a margarina Qualy).
Não é possível dispensar o café.
Compramos leite em pó, pois podemos aproveitar amanhã.
Queijo, geléia, sucos, frutas e diversos pães só aparecem nas mesas das novelas globais quando os personagens pobres estão tomando café.
Na vida real o café do trabalhador honesto é pouco nutritivo.
E os nordestinos?
Muitos deles nunca viram uma mesa.
4- A turma a qual comanda o futebol, que bebe o café europeu, imagina que os nordestinos são bobos da corte.
Levar o nosso dinheiro é o único objetivo.
Nossos estádios ficam lotados por pessoas apaixonadas pelo Flamengo, Corinthians, Fluminense, Santos e outros times famosos.
Quem lota?
Os inocentes alienados nordestinos maltratados.
Revoltado demais, o que eu faço?
Torço contra todos esses times!
5- Vou revelar algo que talvez aborreça alguém.
Em 2002, torci, durante a Copa, para o Brasil perder.
Na final torci demais para a Alemanha derrotar nossa seleção.
Aliás, desde 2002, que a Alemanha é a minha seleção do coração.
Em 2014 ela é a favorita, contudo já “sou alemão” há mais de dez anos.
6- Nossos craques, dentuços ou não, não demonstram nenhum amor à camisa, só almejam o lucro.
O quanto é arrecadado pode ser denominado o único fenômeno dessa lastimável palhaçada.
Adivinhem quem são os palhaços?
O povão é desrespeitado.
Os nordestinos não possuem importância alguma.
Formam a escória que enriquece os patifes.
Aqui, em Salvador, construíram um belíssimo estádio, digno de um país civilizado, mas a situação dos soteropolitanos lembra o quarto mundo.
Talvez vocês não saibam, mas Salvador não tem nem sequer um metrô!
7- Divulgam que os baianos estão sempre correndo atrás do trio elétrico.
Eu morri!
Eu estou morto!
Segundo a música de Caetano Veloso, só não vai atrás do trio elétrico quem já morreu.
Eu nunca fui atrás do trio.
Eu não sou retardado.
Valorizo bastante a reflexão.
O que digo no meu perfil evidencia exatamente o que penso.
8- Fico p da vida vendo, nos dias carnavalescos, o povão lotando as avenidas da capital seguindo os trios elétricos, gerando a riqueza dos badalados artistas baianos.
Depois da festa finalizada, o que acontece?
Os artistas voltam para suas “redomas” milionários.
E o povão?
Volta a enfrentar as misérias do cotidiano.
As Ivetes e Claudinhas voltam a elaborar outras “músicas inteligentes” contendo duas ou três frases estúpidas.
Nós voltamos a dançar literalmente falando.
9- O futebol, um esporte que deveria ser prazeroso assistir, deixou de causar satisfação há muito tempo.
Eu abandonei os estádios desde o começo da década que encerrou o século passado.
Hoje acompanho o meu querido Bahia no radinho de pilha, todavia a alegria já é reduzida.
Capitalistas!
Canalhas!
Ambiciosos!
Destruíram tudo!
10- Espero que o Brasil evolua!
Eu aguardo o milagre.
Espero que nós saiamos da barbárie civilizada atual alcançando a civilização verdadeira!
Espero que as pessoas não estudem pensando somente em ter um diploma, mas estudem preocupadas com o aprendizado e com a contribuição que podem oferecer à sociedade!
Espero que nós paremos de sonegar o imposto de renda enquanto afirmamos que os políticos são os ladrões!
Espero que sentemos com os nossos filhos para conversar, jamais para tomar cerveja!
11- Verificando espantado que a maioria acha o celular indispensável, perde horas navegando no Face, acredita que o homem pisou na Lua em 1969, infelizmente concluo que a coisa está feia pra caramba.
Nordestinos ou não, precisamos refletir mais e repetir menos.
12- Prometo a Érika que vou evitar torcer contra o Fluminense.
Talvez um dia eu volte a torcer pela nossa seleção de futebol da mesma forma que torci pelas inesquecíveis seleções de 1982 e 1986, composta por jogadores que também gostavam de dinheiro, porém, quando jogavam, exibiam um futebol deslumbrante.
Aqueles atletas mereciam desfrutar o entusiasmo que os nordestinos maltratados costumam ofertar aos abutres que vêm explorar nossa sofrida região.
13- Era emocionante ver os passes de Zico!
A habilidade do Doutor Sócrates encantava!
Cerezo, Júnior e Falcão, expressando elegância, faziam a gente chorar!
Ah! Que saudade dos poetas da bola!
Um abraço!