1- Desejo conversar um pouquinho sobre o ato de esquecer.
É muito comum a gente não conseguir lembrar algo.
“Onde eu coloquei a minha carteira?”
“Onde eu pus a caneta?”
“Onde eu guardei determinado objeto?”
Vou tentar, com bastante bom humor, analisar o assunto.
2- Eu sou um cara organizado, porém confesso que não consigo guardar os infinitos comprovantes de pagamento os quais minhas mãos seguram.
Eu costumo, quando acumulo muitos recibos, colocar tudo num classificador, contudo depois fica difícil localizar o classificador e demora demais achar caso seja necessário procurar o comprovante.
Eu sempre acabo desistindo e peço que não me peçam nenhum comprovante.
Paga que paga não pára de pagar, no final da história, são muitos recibos, vários classificadores, mas eu não sei onde coloquei coisa alguma.
Eu não esqueci que coloquei os recibos nos classificadores.
Eu moro sozinho, portanto posso garantir que cada comprovante está no meu AP.
Diz o meu perfil que um dia eu vou voar.
Os meus comprovantes de pagamento não nutrem o mesmo sonho.
Eles permanecem lá.
Onde?
Por favor! Não compliquem!
3- Existe um objeto que todos esquecem nos trabalhos e nas escolas.
Eu me refiro à sombrinha e ao guarda-chuva.
Há uma curiosidade nesse esquecimento, mas antes me permitam dizer que eu prefiro usar uma sombrinha.
Os guarda-chuvas estão cada vez maiores.
A maioria das pessoas não supera a altura de 180 centímetros (a minha altura é exatamente 183 centímetros).
Independente de ter sido ou não fã de Xuxa, vivemos cercados por baixinhos.
Paradoxalmente os baixinhos adoram guarda-chuvas grandes, enormes, gigantescos.
Quando está chovendo, saem esbarrando em todo mundo, enfiam o objeto no rosto ou ombro dos outros sem qualquer piedade.
As doces mulheres, baixinhas e falantes, agem igualzinho aos homens e, se estiverem acompanhadas, é preciso ser um habilidoso contorcionista tentando evitar o contato.
Caso eu usasse um guarda-chuva de Itu, não haveria problema, pois bastava levantar o braço. Eu não atingiria ninguém, todavia eu prefiro uma sombrinha azul.
A sombrinha é prática, facilita carregar, protege e não perturba ninguém.
4- Estudando o tema do esquecimento, percebi que as pessoas ficam satisfeitas quando esquecem uma sombrinha ou um guarda-chuva.
É um alívio tremendo saber que ficamos livres dessa "mala sem alça".
Se nós quisermos ver alguém irritado, p da vida, basta dizer:
“Fulana, você esqueceu sua sombrinha, mas eu guardei para você.”
Dá uma vontade de pegar a sombrinha e arrumar na cabeça do imbecil prestativo.
Eu costumo, se estou carregando minha sombrinha azul, deixar o objeto numa posição estratégica, favorável ao esquecimento.
A intenção é esquecer, torcendo para que nenhum chato encontre e resolva praticar uma ação caridosa.
5- Investigando o tema, também podemos concluir que existem certas coisas as quais nunca são esquecidas.
Por exemplo, ninguém esquece de sacar o dinheiro suado no final do mês.
Ninguém esquece de pedir o troco.
Ninguém esquece de cobrar uma grana.
Ah! Quando é necessário cobrar, somem todos os esquecidos.
Se o devedor esquece de pagar, não tem problema algum, pois o credor não deixa quem esquece sem recordar o débito.
Analisando profundamente a questão, na verdade o esquecido parece simular esquecer.
Recordo um conhecido meu que dizia assim:
“Ele esqueceu de pagar, mas não esquece de comer, não esquece de dormir!”
6- Os devedores costumam apresentar um esquecimento conveniente.
Nesse aspecto talvez eu seja um marciano.
Já encontrei, na minha jornada, alguns caloteiros, porém sempre esqueci que eles estavam me devendo.
Algumas vezes eles me lembravam:
“Ilmar, eu não esqueci aquela dívida!”
Comentando com um antigo colega de trabalho, ele me dizia:
“Ilmar, diga a ele que você também não esqueceu!”
Eu realmente esqueço as dívidas dos meus credores.
Isso ocorre porque considero triste demais valorizar o dinheiro que me deram ou não mais do que a amizade que desenvolvo com alguém.
Pode ser loucura, mas penso dessa maneira.
7- Retomando o tema, há os esquecimentos do coração os quais seguem duas vias.
Existem aquelas pessoas que esquecemos facilmente.
Se um namorado ou uma namorada esquece os compromissos de namoro, esquece datas importantes, esquece as promessas que fez, isso significa que o sentimento não tem força alguma.
Se, piorando a situação, ela gosta de lembrar o vizinho galã ou ele jamais esquece a vizinha gostosa, eu sugiro acabar oficialmente o que já terminou espontaneamente.
Não permita que o chifre recorde a sua existência!
8- Na outra ponta, há aquelas pessoas que nunca esquecemos.
Elas estão bem distantes, nos mandaram passear, não desejam mais estar conosco, entretanto nossa mente sempre sintoniza com tais pessoas.
O tempo passa, mudam mil situações, nós mudamos, contudo nunca esquecemos.
É o insistente gostar contínuo, romântico e algumas vezes melancólico.
Esse tipo de não esquecer inspira demais os poetas.
9- Filosofando um pouco, notamos que, no meio dos nossos habituais esquecimentos, estamos esquecendo a necessidade de paz.
Corremos aqui, ali, lá, acolá e nunca paramos para respirar melhor, curtir o silêncio, conversar, refletir, orar, contemplar a natureza, enfim, estamos esquecendo de buscar a harmonia interior.
Seguimos enlouquecidos, ignorando que um dia a morte não esquecerá de nos abraçar.
Quando ela fizer a visita indesejada, vale indagar:
E agora, José?
E agora, Maria?
10- Minha mãe gostava de preparar uma comida especial no dia do aniversário dela.
Na véspera, combinávamos ações relacionadas à data seguinte.
Chegando o dia, eu observava uma movimentação diferente na casa.
Estranhando o alvoroço, eu ficava indagando:
“O que está acontecendo?”
Logo alguém ou um detalhe me fazia recordar que era o dia do aniversário de mainha.
Nunca compreendi isso!
Se eu havia conversado, na véspera, sobre o aniversário, como explicar a amnésia?
Eu não entendia e achava engraçado esse habitual esquecimento.
** Sem esquecer a conclusão do artigo, solicitando que vocês não esqueçam de opinar sobre o texto, não posso esquecer de agradecer a atenção dos senhores.
Obrigado!
Um abraço!
É muito comum a gente não conseguir lembrar algo.
“Onde eu coloquei a minha carteira?”
“Onde eu pus a caneta?”
“Onde eu guardei determinado objeto?”
Vou tentar, com bastante bom humor, analisar o assunto.
2- Eu sou um cara organizado, porém confesso que não consigo guardar os infinitos comprovantes de pagamento os quais minhas mãos seguram.
Eu costumo, quando acumulo muitos recibos, colocar tudo num classificador, contudo depois fica difícil localizar o classificador e demora demais achar caso seja necessário procurar o comprovante.
Eu sempre acabo desistindo e peço que não me peçam nenhum comprovante.
Paga que paga não pára de pagar, no final da história, são muitos recibos, vários classificadores, mas eu não sei onde coloquei coisa alguma.
Eu não esqueci que coloquei os recibos nos classificadores.
Eu moro sozinho, portanto posso garantir que cada comprovante está no meu AP.
Diz o meu perfil que um dia eu vou voar.
Os meus comprovantes de pagamento não nutrem o mesmo sonho.
Eles permanecem lá.
Onde?
Por favor! Não compliquem!
3- Existe um objeto que todos esquecem nos trabalhos e nas escolas.
Eu me refiro à sombrinha e ao guarda-chuva.
Há uma curiosidade nesse esquecimento, mas antes me permitam dizer que eu prefiro usar uma sombrinha.
Os guarda-chuvas estão cada vez maiores.
A maioria das pessoas não supera a altura de 180 centímetros (a minha altura é exatamente 183 centímetros).
Independente de ter sido ou não fã de Xuxa, vivemos cercados por baixinhos.
Paradoxalmente os baixinhos adoram guarda-chuvas grandes, enormes, gigantescos.
Quando está chovendo, saem esbarrando em todo mundo, enfiam o objeto no rosto ou ombro dos outros sem qualquer piedade.
As doces mulheres, baixinhas e falantes, agem igualzinho aos homens e, se estiverem acompanhadas, é preciso ser um habilidoso contorcionista tentando evitar o contato.
Caso eu usasse um guarda-chuva de Itu, não haveria problema, pois bastava levantar o braço. Eu não atingiria ninguém, todavia eu prefiro uma sombrinha azul.
A sombrinha é prática, facilita carregar, protege e não perturba ninguém.
4- Estudando o tema do esquecimento, percebi que as pessoas ficam satisfeitas quando esquecem uma sombrinha ou um guarda-chuva.
É um alívio tremendo saber que ficamos livres dessa "mala sem alça".
Se nós quisermos ver alguém irritado, p da vida, basta dizer:
“Fulana, você esqueceu sua sombrinha, mas eu guardei para você.”
Dá uma vontade de pegar a sombrinha e arrumar na cabeça do imbecil prestativo.
Eu costumo, se estou carregando minha sombrinha azul, deixar o objeto numa posição estratégica, favorável ao esquecimento.
A intenção é esquecer, torcendo para que nenhum chato encontre e resolva praticar uma ação caridosa.
5- Investigando o tema, também podemos concluir que existem certas coisas as quais nunca são esquecidas.
Por exemplo, ninguém esquece de sacar o dinheiro suado no final do mês.
Ninguém esquece de pedir o troco.
Ninguém esquece de cobrar uma grana.
Ah! Quando é necessário cobrar, somem todos os esquecidos.
Se o devedor esquece de pagar, não tem problema algum, pois o credor não deixa quem esquece sem recordar o débito.
Analisando profundamente a questão, na verdade o esquecido parece simular esquecer.
Recordo um conhecido meu que dizia assim:
“Ele esqueceu de pagar, mas não esquece de comer, não esquece de dormir!”
6- Os devedores costumam apresentar um esquecimento conveniente.
Nesse aspecto talvez eu seja um marciano.
Já encontrei, na minha jornada, alguns caloteiros, porém sempre esqueci que eles estavam me devendo.
Algumas vezes eles me lembravam:
“Ilmar, eu não esqueci aquela dívida!”
Comentando com um antigo colega de trabalho, ele me dizia:
“Ilmar, diga a ele que você também não esqueceu!”
Eu realmente esqueço as dívidas dos meus credores.
Isso ocorre porque considero triste demais valorizar o dinheiro que me deram ou não mais do que a amizade que desenvolvo com alguém.
Pode ser loucura, mas penso dessa maneira.
7- Retomando o tema, há os esquecimentos do coração os quais seguem duas vias.
Existem aquelas pessoas que esquecemos facilmente.
Se um namorado ou uma namorada esquece os compromissos de namoro, esquece datas importantes, esquece as promessas que fez, isso significa que o sentimento não tem força alguma.
Se, piorando a situação, ela gosta de lembrar o vizinho galã ou ele jamais esquece a vizinha gostosa, eu sugiro acabar oficialmente o que já terminou espontaneamente.
Não permita que o chifre recorde a sua existência!
8- Na outra ponta, há aquelas pessoas que nunca esquecemos.
Elas estão bem distantes, nos mandaram passear, não desejam mais estar conosco, entretanto nossa mente sempre sintoniza com tais pessoas.
O tempo passa, mudam mil situações, nós mudamos, contudo nunca esquecemos.
É o insistente gostar contínuo, romântico e algumas vezes melancólico.
Esse tipo de não esquecer inspira demais os poetas.
9- Filosofando um pouco, notamos que, no meio dos nossos habituais esquecimentos, estamos esquecendo a necessidade de paz.
Corremos aqui, ali, lá, acolá e nunca paramos para respirar melhor, curtir o silêncio, conversar, refletir, orar, contemplar a natureza, enfim, estamos esquecendo de buscar a harmonia interior.
Seguimos enlouquecidos, ignorando que um dia a morte não esquecerá de nos abraçar.
Quando ela fizer a visita indesejada, vale indagar:
E agora, José?
E agora, Maria?
10- Minha mãe gostava de preparar uma comida especial no dia do aniversário dela.
Na véspera, combinávamos ações relacionadas à data seguinte.
Chegando o dia, eu observava uma movimentação diferente na casa.
Estranhando o alvoroço, eu ficava indagando:
“O que está acontecendo?”
Logo alguém ou um detalhe me fazia recordar que era o dia do aniversário de mainha.
Nunca compreendi isso!
Se eu havia conversado, na véspera, sobre o aniversário, como explicar a amnésia?
Eu não entendia e achava engraçado esse habitual esquecimento.
** Sem esquecer a conclusão do artigo, solicitando que vocês não esqueçam de opinar sobre o texto, não posso esquecer de agradecer a atenção dos senhores.
Obrigado!
Um abraço!