LIBERAÇÃO DA MACONHA - PLANET HEMP E O HINO NACIONAL BRASILEIRO
Meus caros amigos, imaginem a minha audácia: escrever um artigo contra a liberação da maconha! Isso em pleno 2013, isso depois da ditadura, isso depois de todas as lutas contra os preconceitos, isso depois de “estar provado” que cigarro que é mais maléfico à saúde do que a maconha..rss..rss..e - agora vem o pior - “só porque sou médico”? Essa certamente deve ser considerada a pior parte – alguém que, “só por ser médico” acha que tem mais “direito” do que todos os outros do que falar sobre o assunto..rss..rss. Pois é, fazer o quê? Agora comecei o texto e vou até o fim!
Algum tempo atrás escrevi um artigo chamado “Os especialistas da LBB”. LBB naquele contexto significava Legião Brasileira de Bobalhões...rss. Acho impossível falar sobre a liberação da maconha e suas marchas sem mencionar novamente esse pessoal.
A grande tentação daquele que escreve contra os maconheiros é partir para uma crítica de caráter passional. Falar sobre as famílias que perderam tudo, das relações destruídas ou dos patrimônios dilapidados. Em outros casos, quando é algum “colega” médico que escreve, o texto torna-se técnico e começam aparecer estatísticas e referências bibliográficas que enchem o saco de qualquer um. Então, vocês, vão perguntar – o que esse teu artigo pretende trazer de novo, Milton?
Vou responder de maneira curta e grossa, como se diz aqui na minha terra. A ralé que faz passeatas a favor da liberação dessa porcaria tem algumas metas. A primeira delas é esconder o grande número de médicos, principalmente psiquiatras, que usam essa imundície e não gostariam de ser presos ou considerados viciados. A segunda é esconder a falência total da rede hospitalar brasileira no que se refere à capacidade de internar e tratar pessoas viciadas em qualquer tipo de coisa, e a terceira é alegrar um tipo específico de especialista da LBB. Algum, ou alguma, idiota estudante de socio-psico-antropo-filosofia da UFRGS ou da USP (só para não mencionar a Universidade Brasileira inteira) que pensa que drogas combinam com uma produção intelectual séria. Eu poderia me deter nas outras razões que citei, mas é sobre essa última razão a favor da liberação da maconha que vou escrever agora para terminar o texto e não cansar vocês. Quem sustenta que legalizar esse lixo vai acabar com a violência não vai ter reposta aqui – seria agredir a inteligência do meu leitor..rss..rss.
Existe um certo tipo de “intelectual” brasileiro que pensa que filosofar combina com “expandir a cabeça”. Uma determinada especie de idiota que acredita que “estados alterados de consciência” são possibilidades reais para uma filosofia que se leve a sério. Esse tipo de criatura vem engrossando as marchas da maconha em todo mundo ocidental. Vivendo em 2013 e acreditando que está em pleno 1968 o filósofo-maconheiro encontra nas suas “viagens” a desculpa para falta de estudo e para uma produção acadêmica séria. Nem de longe esse tipo de gente é exclusivo do Brasil mas duvido que em algum lugar do mundo tenham o apoio governamental que recebem aqui.
Pobre Unidiversidade Brasileira, coitada da nossa Psiquiatria da Fumaça e infelizes dos nossos Filósofos-Naturais! Vivendo, como disse Lobão, em plena Ditadura da Alegria, o país segue “chapado”..segue marchando com os maconheiros, com as “vadias”, com o MST e o movimento GLS, sempre com o CNPQ do B e as infinitas ONGS picaretas por trás. Dinheiro que falta para saúde, educação e segurança, desviado por criminosos com aura de progressistas – ambiente perfeito para Sócrates ou qualquer filósofo sério ser esquecido e para o Planet Hemp, finalmente, escrever o novo Hino Nacional Brasileiro.
Porto Alegre, 26 de maio de 2013.
Dr.Milton Pires
Médico em Porto Alegre - RS
cardiopires@gmail.com