O abuso dos Bancos
Por: josafá bonfim
No anedotário econômico do país, tem uma máxima que diz, que os maiores negócios do Brasil, são três. A saber: banco que dá lucro, banco falindo e banco quebrado. Ou seja, em qualquer circunstância, desde sempre, banco é o grande negócio, pois mesmo falido o governo arruma um meio de socorrê-lo.
Mas nem por isso, a usura e a gana por maiores lucros, têm parado de crescer nas instituições bancárias, que parecem absolutas e sem controle do poder estatal.
Prestam serviço de baixa qualidade, operando com juros exorbitantes e taxas abusivas, tudo abaixo do nariz do Conselho Monetário Nacional, que parece não enxergar extorsões cometidas contra usuários do sistema.
A evolução tecnológica que em tese serviria para dar excelência aos serviços, adequando o setor às necessidades dos clientes, tem na verdade, é trazido aborrecimentos. São terminais enguiçados, portas que travam, filas rodeantes, e transtornos de toda ordem. É um tal de “sistema fora do ar”, que haja nervos... Acrescente-se a isso, a redução de pessoal para conter gastos. Medida que além de assoberbar os funcionários, engessa a demanda operacional, tornando o atendimento uma verdadeira clausura.
Campeões de reclamações, ficando atrás apenas das empresas de telefonia, os bancos fazem pouco caso das queixas dos seus usuários, quer sejam quanto ao atendimento direto, ao acesso a ouvidoria, ou mesmo no fator segurança.
Não raro, colocam obstáculos para reparar perdas financeiras de clientes, nos constantes ataques de bandoleiros desencadeados em instalações bancárias, sem prestar assistência digna aos vitimados. Acumulam-se na Justiça, pendengas insanáveis, impetradas por vitimas das barbáries praticadas por assaltantes no âmbito das agencias, que ocorrem quase todos os dias por esse Brasil.
O tratamento que dispensam aos seus funcionários, cuja atividade hoje é considerada de risco, não é diferente, haja vista as más condições de trabalho e o achatamento salarial, a que se submetem, donde o recurso para esse fim é suprido com menos da metade do que é arrecadado só com tarifas. Não tendo a classe funcional, qualquer participação no lucro astronômico da empresa. O que gera insatisfação e por consequência, greves em ocasiões inoportunas, agravando o atendimento ao cliente, que já é precário.
Mas as razões do favorecimento dos governos ao setor e sua “vista grossa” ao desserviço, talvez não seja tão difícil de explicar. Ocorre que estão os banqueiros, entre os maiores financiadores de campanhas eleitorais no País. Tendo, portanto, amplo apelo representativo no Congresso Nacional, que lhe presta lobby forte, que demanda desde a ante-sala da presidência da república.
Observe-se que: os que hoje estão montado no poder, quantas vezes fizeram levantes contra juros exorbitantes e ganho abusivo, praticados pelos ditos famigerados banqueiros. Que paradoxo!...