A felicidade e a cenoura do burro

Não sei se já ouviram falar da historinha do burro e da cenoura. Farei um resumo: era uma vez um burro robusto, forte, teimoso e esperto. Não queria puxar a carroça. Então seu dono o vendeu para o mascate que logo encontrou uma solução: pegou uma vara, amarrou na ponta uma cenoura e prendeu na carroça. O burro passou a puxar a carroça na tentativa de pegar a cenoura que estava à sua frente. Fim.

Poderia falar aqui de motivação, de sagacidade, até de não desistir antes de tentar tudo, no entanto, falarei de felicidade. Essa tal felicidade que para tantos é a cenoura. Sim, essa cenoura que está bem diante dos olhos e nariz, mas jamais se alcança.

O que falta para que finalmente possamos comer nossa cenoura? O que falta para conseguirmos ser felizes? Não faça pergunta difícil Gerlane...

Pois é, o mundo é cheio de desafios, o mundo exige de nós conquistas, realizações, um projeto atrás do outro, e enquanto você não realizar cada um deles, você jamais será pleno. Lembra ou não lembra a cenoura?

Agora, raciocine comigo: o burro é um ser vivo não é? Logo, ele não vive sem comer... Vive? Claro que não! Assim sendo, seu novo dono, o mascate deveria alimentá-lo todos os dias. Mas, ele, não satisfeito, queria mais, queria mais uma cenourinha. Isso não lembra nossa ânsia eterna de querer o além? De nunca estarmos satisfeitos com nada, absolutamente nada? Se ganho um milhão, vou correr atrás dos dois milhões, e por aí vai...

Nada contra querer mais. Na vida precisamos ter ambições sim, e isto é até saudável, o problema ocorre quando fazemos disso nosso objetivo primeiro, nossa cachaça. Aí sim devemos parar e ver o que está errado e passar a dar valor ao que já foi conquistado.

Fica a dica!