1- A assinatura da Lei Áurea completou ontem 125 anos.
Parece que ninguém lembrou ou quis comentar a data.
O Brasil eliminou a mão de obra gratuita e fácil dos escravos porque foi pressionado pela Inglaterra que, na ocasião, desenvolvia o capitalismo.
Após a abolição, os ex-escravos nada possuíam.
Sem instrução, sem lar, sem poder adentrar a sociedade, o que restou?
Foram obrigados a contar com as migalhas que os patrões, os ex-donos, ofereciam.
Os ex-escravos não retornaram à querida pátria africana.
Permanecendo aqui, não encontraram o reconhecimento, a valorização e o respeito que todos os cidadãos merecem.
Durante a escravidão eram tratados como animais.
Depois da abolição, os denominados brancos não passaram a amá-los como irmãos queridos.
Sofreram demais, enfrentaram a humilhação e cruel violência, porém o porvir, depois da assinatura da Lei áurea, em 13 de maio de 1888, não trouxe flores nem maravilhas.
2- Nos dias modernos, podemos afirmar que a “liberdade” da abolição ainda está longe de ser desfrutada pelos negros.
A maioria dos excluídos pertence à raça negra.
Infelizmente a desumanidade que visitou os negros não os abandonou.
Há muitos discursos bonitos.
Falam que as cotas revelam um preconceito paradoxal dos que atacam o preconceito.
Dizem diversas bobagens, repetem tremendos absurdos.
Ousam ressaltar que os negros reclamam à toa.
Quanta alienação e insensibilidade!
Na TV os apresentadores e as apresentadoras não são os negros.
Os mocinhos das novelas nunca são os negros.
As formosas dançarinas dos badalados programas televisivos às vezes contam com uma negra.
A maioria dos políticos, nos noticiários, mentindo não é negra.
Enfim, a nossa televisão tem uma aparência dinamarquesa.
3- As reivindicações dos negros não são exageradas.
Os avanços referentes ao tema existem, mas são bem pequenos.
Os negros necessitam “invadir” todos os espaços cada vez mais.
Eles precisam ter os mesmos direitos na prática, não em discursos.
Costumam citar as exceções.
Dizem que conhecem Fulano ou Sicrana, um negro ou uma negra, que prosperou, que conseguiu vencer as seqüelas da escravidão.
Justificam assim que os negros não precisam de privilégios.
Privilégios?
Quando os negros tiveram privilégios?
Ah! Compreendi!
Quem apresenta esse discurso tão estúpido se acostumou com a “cara dinamarquesa” do Brasil.
Quem fala tais asneiras acredita que está na Dinamarca.
A fantasia dessas pessoas os impossibilita de perceber que a maioria da população brasileira não possui boas condições básicas e dignas.
Não pretendem concordar que a enorme parcela dos marginalizados, “coincidentemente”, é negra.
Nada pensam sobre os negros, pois, na Dinamarca, não vêem negros.
4- Discordando de quem comenta que está tudo perfeito, nós jamais devemos esquecer que um dia assinaram a Lei Áurea.
Nós sabemos que essa assinatura nada solucionou, que o estímulo de Princesa Isabel não foi a magnânima bondade dela.
Sabemos que, na verdade, não há o que comemorar.
Não esqueçamos, entretanto, o 13 de maio nem o que ainda precisa acontecer para estabelecer a justiça, “indenizando” os ex-escravos e seus descendentes.
Por favor, não esqueçamos a abolição!
Apesar da TV criar uma ilusão contrária, não moramos na Dinamarca.
Um abraço!
Parece que ninguém lembrou ou quis comentar a data.
O Brasil eliminou a mão de obra gratuita e fácil dos escravos porque foi pressionado pela Inglaterra que, na ocasião, desenvolvia o capitalismo.
Após a abolição, os ex-escravos nada possuíam.
Sem instrução, sem lar, sem poder adentrar a sociedade, o que restou?
Foram obrigados a contar com as migalhas que os patrões, os ex-donos, ofereciam.
Os ex-escravos não retornaram à querida pátria africana.
Permanecendo aqui, não encontraram o reconhecimento, a valorização e o respeito que todos os cidadãos merecem.
Durante a escravidão eram tratados como animais.
Depois da abolição, os denominados brancos não passaram a amá-los como irmãos queridos.
Sofreram demais, enfrentaram a humilhação e cruel violência, porém o porvir, depois da assinatura da Lei áurea, em 13 de maio de 1888, não trouxe flores nem maravilhas.
2- Nos dias modernos, podemos afirmar que a “liberdade” da abolição ainda está longe de ser desfrutada pelos negros.
A maioria dos excluídos pertence à raça negra.
Infelizmente a desumanidade que visitou os negros não os abandonou.
Há muitos discursos bonitos.
Falam que as cotas revelam um preconceito paradoxal dos que atacam o preconceito.
Dizem diversas bobagens, repetem tremendos absurdos.
Ousam ressaltar que os negros reclamam à toa.
Quanta alienação e insensibilidade!
Na TV os apresentadores e as apresentadoras não são os negros.
Os mocinhos das novelas nunca são os negros.
As formosas dançarinas dos badalados programas televisivos às vezes contam com uma negra.
A maioria dos políticos, nos noticiários, mentindo não é negra.
Enfim, a nossa televisão tem uma aparência dinamarquesa.
3- As reivindicações dos negros não são exageradas.
Os avanços referentes ao tema existem, mas são bem pequenos.
Os negros necessitam “invadir” todos os espaços cada vez mais.
Eles precisam ter os mesmos direitos na prática, não em discursos.
Costumam citar as exceções.
Dizem que conhecem Fulano ou Sicrana, um negro ou uma negra, que prosperou, que conseguiu vencer as seqüelas da escravidão.
Justificam assim que os negros não precisam de privilégios.
Privilégios?
Quando os negros tiveram privilégios?
Ah! Compreendi!
Quem apresenta esse discurso tão estúpido se acostumou com a “cara dinamarquesa” do Brasil.
Quem fala tais asneiras acredita que está na Dinamarca.
A fantasia dessas pessoas os impossibilita de perceber que a maioria da população brasileira não possui boas condições básicas e dignas.
Não pretendem concordar que a enorme parcela dos marginalizados, “coincidentemente”, é negra.
Nada pensam sobre os negros, pois, na Dinamarca, não vêem negros.
4- Discordando de quem comenta que está tudo perfeito, nós jamais devemos esquecer que um dia assinaram a Lei Áurea.
Nós sabemos que essa assinatura nada solucionou, que o estímulo de Princesa Isabel não foi a magnânima bondade dela.
Sabemos que, na verdade, não há o que comemorar.
Não esqueçamos, entretanto, o 13 de maio nem o que ainda precisa acontecer para estabelecer a justiça, “indenizando” os ex-escravos e seus descendentes.
Por favor, não esqueçamos a abolição!
Apesar da TV criar uma ilusão contrária, não moramos na Dinamarca.
Um abraço!