PERDÃO
Perdão!
Vem de o prefixo perder e seu sufixo da palavra dão, de dar, ou melhor, de se dar, doar.
Quando a gente perde a vaidade e se da com amor, caridade, paciência, está exercendo a tolerância, bem maior da relação entre o eu, e, você.
A tolerância esta para o perdão como a paciência esta para a audição.
Escutar, guardar, refletir, nos faz acolher o outro com as suas diferenças.
As diferenças mostram as nossas personalidades.
Cada um é único. Pessoa, por si só, persona, por pessoa. Individual, daí o individuo.
Esta individualidade, isto é, indivisibilidade, convive com todos os indivisíveis.
Mas, para formarmos uma sociedade, colocamos a tolerância para dividir, na medida do possível, um com todos e todos por um, numa união, tal qual a essência da personalidade.
Quando perdoamos, deixamos de ganhar o amor próprio e dividimos o amor comum, à comunidade.
Passamos a comungar, isso é, passamos em comum união, a companheiro, em que pese o jargão vir a ser politicamente “petizado”.
Daí a razão maior do perdão.
Os companheiros estão politicamente certos em caminhos errados; e nós, politicamente errados em caminho certos.
Não importa o qual partido professemos, nem de que lado esta a verdade; mas o que importa é que embora nossas divergências coexistam, precisamos conviver com o negro e o branco para, vermos num prisma, a cores diversas que o sol produz, e pintarmos uma sociedade segundo o nosso ponto de fuga.
Perdoem-me a mentira, mas é a pura verdade.
SP/17/04/2013
Chico Luz
Ofereço este artigo em memória de minha mãe que hoje completaria 103 anos de vida.