FEUDALISMO, CAPITALISMO E SOCIOLOGIA: O MUNDO OCIDENTAL E SUAS REVOLUÇÕES SOCIAIS
FEUDALISMO, CAPITALISMO E SOCIOLOGIA:
O MUNDO OCIDENTAL E SUAS REVOLUÇÕES SOCIAIS.
O ser humano, por ser um animal social que age e influencia e é coagido e influenciado pelos outros seres que juntos formam a sociedade, vive em constantes transformações, transformações essas da qual o ser humano age por ser um ser ativo em seu meio e é coagido e influenciado por fazer parte da grande massa social. Assim, ao longo dos tempos, o ser humano vivenciou, e continua vivenciando, transformações que, na conjuntura da sociedade e da existência humana, transformam seu jeito de agir, pensar e viver no meio ao qual está inserido, ou seja, a sociedade.
No decorrer da história da humanidade várias transformações revolucionaram o modo de ver e viver o mundo à sua volta e as relações sociais entre os seres humanos nos seus grupos sociais aos quais estavam, ou estão, inseridos.
Focando o mundo ocidental (europeu) como ponto de partida e observação, e num espaço de tempo que compreende os últimos dez séculos, podemos destacar algumas alterações sociais que redefiniram as organizações sociais e aos quais intentamos o conhecimento por meio de estudos sistematizados no campo científico denominado por Sociologia. Sociologia esta que surgiu e tem por finalidade conhecer e explicar as relações sociais, tendo o ser humano como peça de engrenagem atuante e acorrentado pelas forças de um todo que é a sociedade.
No recorte histórico e geográfico ao qual nos referimos podemos analisar as fases revolucionárias e as características da sociedade ao seu tempo num espaço cronológico compreendido pelo feudalismo, capitalismo e o mundo moderno com o pensamento sistematizado na busca do entendimento dos fatores sociais.
As origens do feudalismo estão atreladas às invasões bárbaras que trituraram o Império Romano do Ocidente e fizeram surgir centenas de pequenos reinos (feudos) que se espalharam por toda a Europa. Na organização social, donde antes e com as influências dos romanos, a sociedade começava a organizar-se em torno de formações urbanas, com a produção voltada ao comércio e circulação de moeda, com o feudalismo passa a organizar-se em torno de castelos distantes de centros urbanos e com a produção voltada para a agricultura e ao trabalho servil.
Essa fragmentação do estado romano dizimou a importância de algumas cidades que começavam a surgir e a vida voltou-se para o campo. O poder governamental deixou de estar centrado em Roma e no seu Império e descentralizou-se na formação de microestados, donde cada um passou a ser chefiado por um senhor feudal. Em termos de poder, podemos citar que a Igreja manteve-se como autoridade maior e também trabalhava com o sistema feudal e servil em seu sistema de produção e manutenção.
O sistema feudal era composto por, basicamente, três classes sociais: Os nobres (donos de terras); o clero (a igreja); e os servos (mão de obra).
Essa forma abusiva e injusta para com o trabalhador fez surgir problemas que contribuíram para a ruptura do sistema que juntamente com a volta do contato comercial entre a Europa e o Oriente, impulsionando o comércio, fez com que muitos dos que trabalhavam com a terra (agricultura) se voltassem novamente para as cidades, aumentando assim, a circulação de moeda, e o surgimento de uma nova classe social: a burguesia, que com o desenvolvimento e expansão comercial, angariou poder econômico.
Com o surgimento da burguesia, o sistema feudal ficou enfraquecido, os senhores feudais perderam o poder econômico, o comércio começou a prosperar dando início a uma nova fase na história europeia e trazendo também o surgimento de um novo sistema social: o capitalismo.
Com o estabelecimento do capitalismo e suas transformações econômicas, sociais e políticas, começa a mudar o panorama e a estruturação social: Há o renascimento urbano; o surgimento de banqueiros; as grandes navegações estabelecem relações entre Europa, África, Ásia e América; a formação dos primeiros estados nacionais; desenvolve-se a manufatura industrial com a Primeira Revolução Industrial; e, surge uma nova classe social, o proletariado, com mão de obra assalariada, urbana e explorada. Tudo isso desencadeou na Revolução Francesa, fazendo parte de uma nova transformação social.
A indústria desenvolveu-se, os negócios e a lucratividade aumentaram em cima de um trabalho mal remunerado e de jornadas de trabalho abusivamente exploratórias. As condições eram sub-humanas e geravam revoltas por parte do proletariado, numa nova luta de classes e de defesa de seus interesses. Surgiu, então, o socialismo e a sociologia como respostas.
O desenvolvimento da Sociologia pretendia conceber (e conseguiu) uma nova forma de ver o homem em sociedade e suas relações junto à sociedade numa tentativa de entender tais mudanças e explicá-las tendo por base um estudo sistematizado, às luzes da razão (iluminismo) numa padronização cientificada. Entender o ser humano no contexto social ao qual estejam inseridos, seus comportamentos, cultura, o pensar, o agir, o fazer, o devir humano, passa a ser estudado numa formulação com ciência. A Sociologia é, então, a ciência que estuda a sociedade.
Com os estudos antropológicos e sociais em voga, surgiram várias ramificações de estudos que, juntamente com a Sociologia, contribuíram para as concepções de homem e do ser social que somos no mundo em que vivemos. Ao longo dos tempos, os focos e interesses de pesquisa vão mudando e se aperfeiçoando, ao compasso da evolução humana e dos contextos sociais ao qual a humanidade vai experimentando. Os interesses e focos vão mudando, porém, é o homem o interesse maior, o centro das discussões, o que vai mudando é o contexto do mundo ao seu redor, do qual o próprio homem é corresponsável por modificá-lo em sua interação interpessoal e com o meio em que vive, sendo o homem autor de tais mudanças e coagido por estas.
Explicar e entender o mundo moderno na sua dimensão social colocando o homem (ser humano) na perspectiva de suas relações com outros homens (sociedade) e a complexidade que orienta a vida em sociedade é o objeto de estudo dessa ciência.
Fontes de pesquisas:
Bessa, Dante Diniz. Homem, pensamento e cultura: abordagens filosófica e antropológica. Profuncionário - Volume 3. 3ª Ed. Brasília: UnB, 2008.
Pedroza, Regina Lúcia Sucupira. Relações Interpessoais: abordagem psicológica. Profuncionário - Volume 4. 3ª Ed. Brasília: UnB, 2008.
Mendonça, Erasmo Fortes. Educação, sociedade e trabalho: abordagem sociológica da educação. Profuncionário – Volume 5. 3ª Ed. Brasília: UnB, 2008.
Tomazi, Nelson Dacio. Sociologia para o Ensino Médio. Volume Único. 2ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
Machado, Maria do Socorro C; Almeida, José Dias. Sociologia da educação. Teresina: Uespi, 2010.
WWW.dominiopublico.gov.br
http://samuelead.wordpress.com/2012/02/03/crise-do-feudalismo-o-surgimento-do-capitalismo-e-o-aparecimento-da-sociologia/
http://letraingles.blogspot.com.br/2012/02/crise-do-feudalismo-o-surgimento-do.html
http://instruzionesocieta.blogspot.com.br/2009/07/formacao-da-sociologia-como_20.html
http://mauriciocostaredacoes.blogspot.com.br/2012/01/crise-do-feudalismo-o-surgimento-do.html