RUMÃOZINHO PERSEGUE JUIZ
Em 1965, época em que eu habitava em Vitória da Conquista, em passagem pela Avenida João Pessoa, presenciei uma multidão em frente de uma casa que me despertou a parar e perguntar; “o que está acontecendo? Morreu alguém?” Não. Respondeu-me um deles, e continuou. O que está acontecendo, é que nesta casa mora o Juiz de Direito desta cidade, o Dr. ... e está sendo perseguido por rumãozinho. Quando a madame vai naturalmente ao Guarda-Roupa, este entorna-se sobre ela fazendo-a sair dalí as pressas. Na mesa do refeitório, ao pegar o bule, o prato ou coisas semelhantes, são arrebatados para que a mesma não sirva-se sem que peça licença.
O Juiz obrigou-se a requerer algumas entidades religiosas inclusive o Padre Kevedo comprovadamente maior autoridade em psicologia dos fenômenos invisíveis, ficando assim sua excelência o Juiz, livre do enfado, na condição de mudar-se daquela casa para outra na Rua 10 de Novembro (antiga Rua dos Tócos) levando consigo o orgulho quando perguntado pelos seus amigos sobre o seu passado sofrido, a ouvirem dele que não houve nada, foi apenas aleivosias praticadas pela sua empregada doméstica.