AS PROPOSTAS DE USO DO VIDEO

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR

Moran (1995), propõe um roteiro simplificado e esquemático com algumas formas de trabalhar com o vídeo na sala de aula. Menciona que trata-se de um roteiro, e assim sendo não existe uma ordem rigorosa a ser seguida, pois, se pressupõem total liberdade de adaptação destas propostas à realidade de cada professor e dos seus alunos, nas atividades didáticas diárias.

Assim como afirma o dito popular que “caiu como uma luva”, o pensamento de Moran (1995), quando menciona e detalha as diversas maneiras para o uso do vídeo em sala de aula dentro da realidade curricular e da cultura docente visando uma melhor aprendizagem dos alunos em qualquer nível de ensino.

Quando o professor falta ou acontece um problema ou fato inesperado envolvendo as atividades pedagógicas e educacionais da instituição escolar. Vale apenas ressaltar de que “usar este expediente eventualmente pode ser útil, mas se for feito com freqüência, desvaloriza o uso do vídeo e o associa na cabeça do aluno a não ter aula”, segundo a concepção de Moran (1995).

Acontece quando o professor ou qualquer outra autoridade educacional procura “exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria. O aluno percebe que o vídeo é usado como forma de camuflar a aula. Pode concordar na hora, mas discorda do seu mau uso”, ex-vi Moran (1995).

O entusiasmo fácil do professor que acaba de descobrir o uso do vídeo em sala de aula, costuma empolgar-se e passa vídeo em todas as aulas, esquecendo outras dinâmicas mais pertinentes, segundo os conteúdos programáticos. O que vale dizer que “o uso exagerado do vídeo diminui a sua eficácia e empobrece as aulas”, segundo Moran (1995).

Na visão educacional e lúcida de Moran (1995), “existem professores que questionam todos os vídeos possíveis porque possuem defeitos de informação ou estéticos. Os vídeos que apresentam conceitos problemáticos podem ser usados para descobri-los, junto com os alunos, e questioná-los”.

Não adianta exibir um vídeo apenas por exibir, pois, “não é satisfatório didaticamente exibir o vídeo sem discuti-lo, sem integrá-lo com o assunto de aula, sem voltar e mostrar alguns momentos mais importantes”, segundo Moran (1995), e acima de tudo ouvir a mensagem que ficou na cultura e na cabeça dos alunos.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 19/03/2013
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