Você está pronto para carregar o seu fardo? (Para ler e meditar)
Vocês sabem que todos nós temos um fardo para carregar. Cada um carrega o seu de acordo com as suas possibilidades, sempre impostas por Deus. Ninguém carrega um fardo que não possa, que seja maior e que venha a lhe acarretar conseqüências graves. Deus jamais faria isso.
Em nossa casa existe uma má distribuição de carregamento de fardos, isto é, uma distribuição inadequada que está provocando conseqüências graves em quem deveria ter o seu fardo aliviado. Está existindo a falta de consciência, a preguiça, enfim, está faltando a determinação de cada um de fazer a sua parte.
Somos uma família de sete pessoas, todo mundo trabalha e graças a Deus não nos falta nada. Ah! Falta sim, falta só a consciência tranqüila, a ajuda nas atividades domésticas, o respeito aos pais, a ajuda financeira, já que todos trabalham. Hum! Parece que falta muita coisa então! Mas vamos seguir em frente e ver o que acontece.
Fiquem cientes, vocês filhos, que sua mãe encontra-se atualmente muito cansada, estressada e sem condições normais de exercer as suas atividades domésticas, fazendo o possível e o impossível, mesmo acarretando problemas a sua saúde, para continuar a deixar a nossa casa, o nosso aconchegante lar, dentro de um padrão normal de sobrevivência. Vocês nem percebem isso, não é mesmo? Também pudera! Vocês só se preocupam com vocês, com os seus lazeres, pouco se interessam em saber o que acontece de ruim dentro de casa, se está faltando alguma coisa, se tem alguma coisa pra fazer, prá ajudar a mamãe, já tão cansada de cuidar das atividades da casa, de cuidar das netas, de deixar as roupinhas de vocês bem lavadas. Vocês se interessam pelo menos pela saúde de sua mãe? Vocês imaginam a dificuldade que ela tem quando precisa levar as netas ao médico? Vocês acham mesmo que o pai de vocês precisa trabalhar mais, mesmo depois de ter trabalhado 37 anos no porto, para poder trazer mais um pouquinho de dinheiro para dentro de casa? Em vez de descanso, é essa a vida que ele merece? E vocês? O que podem fazer para aliviar essa situação? O dinheiro que vocês ganham serve prá que? Será que não dar para deixar um pouquinho desse dinheiro dentro de casa, já que vocês não compram comida, não pagam despesas?
Individualizando os problemas, vamos começar pelo mais velho, Gláucio. Atualmente está ajudando com certa quantia para a conta da luz, pelo fato de ter um computador com internet à disposição, mas por outro lado está dando preocupação aos pais, principalmente a sua mãe, por levar uma vida sem estímulo para o trabalho e para os estudos. Tem um emprego onde comparece quando quer, correndo o risco de ser dispensado. Sem uma qualificação profissional fica difícil de arranjar um emprego decente. Sem se falar nas farras nos finais de semana, bebendo demasiadamente, além de estar prejudicando a saúde com o fumo. Tatiana ajuda um pouquinho, apenas no lanche da filha. Agora está levando uma vida de farra nos finais de semana. O compromisso com a filha durante o dia é da avó. Maria Helena também não se preocupa muito com sua filha, pois a avó cuida muito bem e para ela isso é ótimo. Contribui apenas com o leite e o lanche da filha. Malcriação não falta nela e na sua irmã.
Enfim, toda a carga de trabalho fica a cargo da avó, que passa o dia em casa, trabalhando e cuidando das netinhas, mesmo nos finais de semana, quando deveria descansar. O avô tem que pagar o transporte de retorno do colégio das netas, par evitar que a avó tenha que deixar as atividades da casa para ir apanhar as meninas, já que ele trabalha.
Afinal, que vida é essa? Vale a pena continuar assim? Qual a solução que seria possível para minorar essa situação? Se algum de vocês tem uma idéia, se a consciência de vocês doer, o que acho difícil, que apresentem uma idéia. Vejam bem, nosso fardo é muito pesado, não acham? O meu e o de sua mãe?
LEIAM E MEDITEM MESMO!!
(Obs.: Os fatos acima sofreram uma pequena alteração, como por exemplo a chegada de mais uma participante da família. O estresse diminuiu, com certeza a situação melhorou um pouco, já que os fatos iniciaram há alguns anos).