Ciência, Pensamento, Decisão...Balaio de gato rapioqueiro!
A neurociência explica o aprendizado com uma sequencia, onde primeiro desarrumamos o nosso cérebro (o que gera a desestabilização) e posteriormente o rearrumamos com os novos aprendizados, agora já inseridos na nossa biblioteca cerebral (a acomodação). Mas afinal, o que eu quero dizer com isso tudo?! - Devem estar se perguntando.
Há momentos que invariavelmente é pedido que tomemos decisões que desarrumem as nossas vidas para logo depois as coisas se acomodarem e, disso tudo, chegarmos finalmente ao aprendizado – Entendam por “acomodarem” algo análogo à uma decantação em uma suspensão de água e areia, ou seja, entenda o acomodar como aquele tempo que se espera para separar o bom e o ruim do fato acontecido (e que o ruim fica submerso, esquecido).
Falando de outra forma e com o respaldo de um carinha chamado Edward Lorentz e a sua “Teoria do Caos”, viver não é previsível e não existe cálculo que possa facilitar essa tarefa pelo conhecimento de possíveis padrões. Partindo do conceito de que caos nada mais são que acontecimentos que não podem ser presumíveis e que nem sempre são negativos, viver, pela impossibilidade de previsibilidade de fatos, é caótico.
Explicando... imagine que você queira calcular a velocidade média de uma maçã caindo do pé, ou de um carro em trajetória retilínea (Fácil né?!), mas isso não é possível sobre o futuro. Não há como prevê – apenas supor – o que as nossas escolhas nos trarão, para onde nos levarão e, principalmente, quais serão as consequências delas. É um Efeito Dominó, Efeito Borboleta, que nos insere num jogo comandado por um menino rapioqueiro chamado destino.
Alea Jacta Est (Os dados estão lançados) e, tal qual o número infinito de possibilidades de ocorrências de mil desses dados jogados ao chão, são as possibilidades que nossa vida pode assumir. É uma analise combinatória de escolhas, fatores externos e também um “Q” de sorte.
Claro que o sucesso e as boas escolhas possuem um magnetismo maior por aqueles que se esforçam por entendê-los e estudá-los, mas isso certamente não dará garantias plenas de sucesso aos estudiosos. Certamente é mais comum do que se imagina perguntas “Como uma pessoa dessas consegue ter sucesso sem possuir capacidade alguma?” – O caos explica!
Que se saliente que o sucesso não somente diz respeito a aspectos profissionais e também não deve ser reduzido ao ganhar dinheiro. Deve considerar realização pessoal e, principalmente, ser feliz, afinal, existem milionários vazios e tristes, assim como pessoas sem grandes riquezas e com uma vida plena.
Em suma e dialeticamente, o que esse texto com fins explicativos quer “dizer” – Apesar de possivelmente vir a ser entendido exatamente assim – é que não há receita para nada, nem mesmo para se viver. Aprendemos a partir das experiências, estamos inseridos num sistema caótico pela sua imprevisibilidade de possibilidade e nada mais podemos fazer do que viver num malabarismo entre aproveitar intensamente o presente e fazer “Back ups” contínuos dos nossos aprendizados para não perder os arquivos salvos que serão de grande serventia para o futuro que almejamos.