DECLÍNIO MENTAL
(Art/10)
Um tempo recluso, como desforra, para com a vida. Contraste da evolução em que o homem impune e impotente, perambula nos corredores da solidão amarga de um mundo negro e fatídico, dentro de um espaço em decadência absoluta e aceitável onde o exercício da vida é roto, sem regras e ou caminhos, deveres, alegrias, com e ou alegrias e tristezas, dores descompassadas ao coração, à vida. Viagens em relâmpagos cujas sensações se tornam apenas em um olhar vazio que, desejoso de ser compreendido naquele vácuo cibernético e obscuro, tenta ultrapassar as barreiras que a própria ciência ainda desconhece.
Perspectiva a caminho do nada. Calha no âmago à neurastenia o niilismo do ser a finitude abreviada ao isolamento sem catarse. Esparsos momentos fugidios junto o espectro da vida, junções incoerentes e inaceitáveis de uma mente brilhante quase onipotente e onisciente. Cada segundo a subtração instalando-se e incrustando-se às paredes vivas, dentro um momento metafísico inexistente, teia de um destino insalubre.