EXCLUSIVO: AGORA A POLÍCIA JÁ SABE QUAIS SÃO OS BAIRROS MAIS VIOLENTOS DE GOIÂNIA!
Sábado, 26, “Os bairros mais seguros de Goiânia” foi tema da reportagem de capa do Diário da Manhã, Jornal genuinamente goiano que sempre mantém o leitor informado com a mais alta precisão.
A matéria assinada pela competente repórter Thamyris Fernandes, da Editora de Cidades relata que “A pedido da reportagem do DM, Secretaria de Segurança Pública faz levantamento de regiões com menos ocorrências” e, consequentemente, demonstra com exclusividade quais são os bairros mais violentos da Capital. A reportagem relata que, de acordo com dados fornecidos pela Secretaria Estadual de Segurança Pública e Justiça (SSPJ), a região Norte de Goiânia apresentou o menor número de registros de homicídios (somente 40 cordeiros foram imolados) durante o decorrer do ano passado e, em contrapartida, o maior registro de crimes contra a vida foi obtido na região Noroeste da Capital, (lamentavelmente, 94 vidas foram ceifadas da face da Terra durante o tilintar do relógio que cronometrava o caminhar do ano de 2012).
Assim como milhares, não gosto muito de numerologia quando a humanidade é colocada entre a vida e a morte, haja vista que não são números quem morrem, inocentes ou culpados, são pessoas, mas, ao mesmo tempo, concordo plenamente com a ideia de uso de gráficos para nortearem as medidas a serem tomadas após um levatamento completo sobre dado assunto.
Diante dos resultados referentes aos índices de violêcia em Goiânia que diagnosticaram as regiões Norte, Sul, Leste e região Central do Município, como as áreas mais seguras e as três áreas restantes: Sudoeste, Oeste e Noroeste apresentaram indicadores alarmantes de violência estamos certos de que encontraram a toca do mal e, com a descoberta, os gráficos servirão de armas para orientar a Polícia e sua Inteligência na tangente de bombardear as regiões mais atingidas.
Verdade, agora que o mal já foi diagnosticado tudo ficará mais fácil para remediá-lo e cortá-lo pela raiz. Basta simplesmente que o efetivo policial seja mantido naquelas regiões mais seguras e intensificado nos lugares com altos índices de dolos para que se conquiste a redução ou extinção dos índices de violência da Capital?
Seria muito bom se fosse tão fácil assim! Sabe por quê? Porque temos uma polícia que trabalha, que não mede esforço para colocar delinquentes atrás das grades para o mantimento da ordem social. O problema da crescente violência não é culpa dos agentes policiais, estes não ficam brincando nas ruas. As dificuldades são vistas no poder público que não investe em políticas sociais e do legislativo brasileiro que criam leis frouxas que favorecem bandidos, enquanto cidadãos de bem ficam inseguros ou presos em suas casas.
O capitão Geyson Borba está coberto de razão quando diz que “a grande incidência de homicídios em determinadas partes da cidade pode ser explicada pela falta de políticas públicas ativas” e quando defende que “Cuidar da juventude faz parte das responsabilidades do governo. Para isso, é preciso incentivar e proporcionar meios desses jovens se envolverem com coisas positivas, como educação, esportes, arte e demais formas de lazer e aprendizagem”.
Não é de agora que os meios de comunicação, imprensa, pesquisas, estatísticas e fatores goianienses vêm chamando a atenção para investimentos nas regiões periféricas da cidade, principalmente na região noroeste que possui grandes fluxos de moradores.
Não sabem que são os jovens entre 18 e 24 anos os mais atingidos pela violência? Então que se realizem políticas sociais com foco nessa classe, sem esquecer as demais, claro.
Nos Residenciais Jardins do Cerrado e Mundo Novo, bairro da região Oeste, por exemplo, é grande o número de crianças e adolescentes que antes ou após o horário escolar vagam pelas trilhas do bairro sem ter o que fazer, sem nenhuma ocupação, como aula de dança, teatro, futebol ou outras práticas de esporte e lazer. O que acham que eles serão quando alcançar a idade entre 18 a 24 anos? Para o poder público, abarrotar presídios, talvez, seja mais fácil que formar doutores.
Gilson Vasco
professor
escritor
pesquisador - assuntos juvenis