“Homo et pubis et pubis revertere....”
A maior oposição contra o suicídio não é o medo ou o temor do suicídio em si, mas uma teimosa fé, que embora não funcional, insiste em permanecer incubada dentro da nossa alma. Toda a miséria humana e a consciência de um “nihilo” passam em nossas mentes já mortas pelo desejo de não existir... Então... mortos, apenas sobrevivemos como se não houvesse outra opção- aliás, há sim... Mas inevitavelmente a refutamos... A desventura consiste em conhecer. Se não soubesse o que sei e não conhecesse tanto quanto conheço, nesse momento o “Hades” seria meu túmulo e o “Sheol” minha perpétua morada.
Hoje encontrei mais alguns “métodos” eficientes de tornar-se “... Et pubis revertere”, mas então, a questão é- por que não? Há uma interpretação de “post mortem autem non est principium” que acredito muito... assim sendo, penso que entrar para um novo ciclo com dívidas do passado é um mal começo. “Auto-morte” é um singular gesto de débito com o hoje que na eternidade chegaremos sem saldo para quitá-lo;
“Quo vadis?” eis aí a grande questão do juízo... por vários prismas tudo se complicaria se déssemos cabo á vida de forma tão subjetiva... Se pela ótica cristã seriamos condenados ao inferno, pela ótica espírita, teríamos que reencarnar para refazer parte do percurso que ficou em aberto para que assim se complete o “cicle of life”...
Difícil escolha é viver a vida que não se quer viver... é morrer a cada dia sem que os houvesse vivido... é viver a cada dia como se morto... então o dilema é mais que moral ou religioso... é atemporal e metafísico...acho que não cabe aqui lugar para discurso ou discussão... o que se pede nessa hora é a compreensão ou o silencio dos críticos... porque nada ou palavra alguma mudará o que se perpetuou na alma e se escreveu na tábua do coração.... que morte e vida são sinônimos e uma a outra se dão...
“Homo et pubis et pubis revertere....”