"Para que Uma Língua Seja Universal, não é Suficiente Nomeá-la como Tal."
Houve tempo em que o Latim serviu de veículo de comunicação do pensamento universal em todo o Ocidente.
Os cientistas e filósofos dessa época, se intercomunivavam por meio do Latim, com facilidade. Os demais povos, em sua maior parte, analfabetos, separados pelas grandes distâncias entre si, não tinham necessidade de uma língua comum, pois viviam muito bem em seus ambientes, separados por mais de 3.000 idiomas e dialetos.
Desde a predominância do Latim até os nossos dias, as novas técnicas nos meios de comunicação e transportes, rádio, avião, telefonia, fizeram aproximar mais os povos, fisicamente, mas continuando a se dividirem em mais de 3.000 idiomas, como foi dito acima, mas, atualmente, constatou-se que existe perto de 10.000, naturalmente somados aos muitos dialetos existentes em muitas nações,como, por exemplo, o Brasil, onde segundo as estimativas, 150 línguas são distribuidas entre os grupos indígenas.
Segundo o veterano (já falecido) professor da Liga Argentina de Esperanto, Jorge Hess, "nenhuma língua nacional pode cumprir a missão de língua internacional, por três razões:
a) as línguas nacionais, devido as suas irregularidades, são difíceis de aprender e de serem usadas corretamente;
b) criaria um privilégio inadmissível para a nação cuja língua seja adotada;
c) todo imperialismo linguístico comporta inevitavelmente um imperialismo cultural: o domínio de um tipo de cultura sobre as demais.
Assim, o Esperanto é uma língua que toda a pessoa moderna deve possuir, junto com a sua língua materna, para entender-se com estrangeiros em pé de igualdade democrática."