HISTÓRIA DE CONQUISTA

Vitória da Conquista - Região Sudoeste - Sertão da Bahia

Nossas Orígens

João Gonçalves da Costa, acompanhado do seu sogro João da Silva Guimarães, seu filho Raimundo Gonçalces da Costa e Antonio Dias de Miranda, a pretexto de abrir comunicação entre o litoral e o sertão, lá pelos idos de 1740, chegaram a esta região, fundando arraiás que, posteriormente foram se desenvolvendo, passando a povoados, vilas, até suas emancipações, na maioria dos casos.

A extração do ouro nas Minas do Rio de Contas, atual cidade de Rio de Contas, na Chapada Diamantina, era para onde os portugueses queriam levar uma estrada para escoar a grande produção aurífera, extraída com mão de obra escrava, levando-a até os portos marítimos, e dali para Portugal.

Nesta missão, o sertanista João Gonçalves da Costa, apesar de realizar o trabalho para o qual fora designado por El Rey, tratou de exterminar os nossos índios, de queimar parte das nossas matas e extrair madeira. Estes foram os primeiros crimes ecológicos praticados pelos colonizadores em nome da civilização européia, em nossa região.

João da Silva Guimarães seguiu para Minas Gerais, enquanto João Gonçalves da Costa permaneceu na região, tornando-se proprietário das terras conquistenses.

A Matança dos Índios Imborés e Mongoiós

De início, os índios eram abatidos em batalhas e outros tipos de confrontos; depois os colonizadores passaram a usar métodos covardes, pontificando a noite do célebre jantar oferecido aos nativos, com muita bebida alcoólica, após o qual, quase todos os índios foram assassinados, entre homens, mulheres e crianças.

Outro fato pouco dignificante foi a perda de 50 anos da nossa história, cuja documentação serviu, segundo se noticia, para aterro de cisternas, logo que a cidade passou a ter água encanada e os poços foram sendo desativados, sob suspeita de contaminação.

Na Praça Tancredo Neves existiu o Jardim das Borboletas; alí foram encontrados sítios arqueológicos, em antigo cemitério indígena. Em 1993, quando da total mudança paisagística da praça, as máquinas, por ordem e comando dos homens, destruíram aquele sítio arqueológico tão importante, que muito serviria para a compreensão do nosso passado.

Ricardo De Benedictis
Enviado por Ricardo De Benedictis em 09/08/2005
Reeditado em 17/08/2005
Código do texto: T41521
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