Homem, Predador de Sí Mesmo:

HOMEM; PREDADOR DE SÍ MESMO:

O contraditório, a barbárie como atitude coletiva, o atavismo histórico, a autodestruição como regra constante em vários momentos da história, faz-me crer que apesar de toda evolução tecnológica, o homem engatinha nos princípios básicos e fundamentais das relações humanas.

As disputas atuais entre nações de todos os continentes sejam elas motivadas por disputas internas ou externas estão criando um clima de beligerância global mais intenso do o que originou a primeira e segunda grande guerra, com o agravante das forças em litigio possuírem um arsenal de destruição dezenas ou centenas de vezes mais mortíferas que os anteriores.

Os motivos e os agentes envolvidos nesse processo talvez seja o que menos importa, pois não existem ingênuos ou inocentes nesta corrida suicida em busca do abismo, pois não acredito em vencedores se as maquinas de guerra e morte não forem paradas a tempo.

Todos sabem que no passado houve impérios que dominaram por anos outros povos e apesar de todos os barbarismos cometidos a civilização humana continuou sua caminhada e transformação em direção ao progresso e ao conhecimento. Se os métodos usados pelos conquistadores não eram éticos, muito pelo contrario eram cruéis e desumanos, não impediu a evolução humana em todas as áreas cientificas, sociais, filosóficas e de acordo com alguns historiadores e pensadores da época serviu como estimulo as conquistas humanas apesar de toda dor e sofrimentos causados ao ser humano frágil e desprotegido em todos os continentes, que pagaram com escravidão, humilhação e com supressão da vida de milhões a todo este progresso e avanços humanos.

Apesar disso ou talvez por isso, chegamos ao estagio atual em que a humanidade se encontra.

Mas o clímax da irracionalidade parece que esta por chegar não como castigo dos céus como acreditam os crentes de todas as religiões que profetizam a hora final como redenção e condenação para justos e pecadores conforme suas obras e méritos ou deméritos, como se fora uma grande premiação vinda dos Deuses ou deus que durante toda a existência da humanidade divertiu-se com o sofrimento de seus ditos filhos a quem reservou este fim trágico e doloroso.

Me nego a acreditar em tamanhos disparates e mesmo não sendo crente posso imaginar um Deus ou Deuses ou seres superiores um pouco mais generosos e coerentes que ao criar a humanidade tenham reservado para nós seres frágeis e finitos um destino melhor.

Creio sim na capacidade do homem como agente de sua própria historia e na mudança de conceitos, prioridades, na transformação através do conhecimento cientifico e filosófico, pois se apesar de um mundo a se digladiar constantemente em nome de ideologias em nome de um poder fictício baseado na exploração do ser por outros seres da mesma espécie, fico com o exemplo de homens que se dedicam ao desenvolvimento em prol dos semelhantes em todas as áreas, seja na medicina, física, biologia, nas conquistas espaciais , oportunizando conhecimento para a humanidade como um todo sem limitar fronteiras, raças ou credos. Poderia citar centenas de nomes de pessoas de todas as raças que através da historia nos legaram estes conhecimentos, mas para isso teria que encher pagina e paginas e pesquisar nas enciclopédias para não esquecer ninguém.

Contudo como cito no cabeçalho desta, como diria elucubrações mentais, falo do homem predador de Si mesmo pela simples razão da humanidade ter chegado talvez, no meu ponto de vista, na encruzilhada da existência, entre o fim e o recomeço, que só dependera de nos mesmos e de nossa capacidade de mobilização, consciência e determinação. Acredito que os anônimos do mundo poderão reverter esta situação, quem sabe através de mais e mais pessoas a acreditar na paz e sua possibilidade real de concretização numa mobilização planetária em prol da razão fazendo das redes sociais a voz das maiorias silenciosas que não dispõem de mídia, mas que querem o fim das irracionalidades das guerras e conflitos em todos os quadrantes do Planeta.

Utopia? Sim mas o que seria do homem sem Utopias e sonhos, apenas mais um PREDADOR.