"Meu nome é Jerônimo"
Tenho enfrentado os risos dos meus alunos quando chego em sala de aula e me apresento: "_Sou o professor de vocês e meu nome é Jerônimo" O riso é generalizado, só escuta a turminha gritando "Jeronimooo"
Certo dia como professor eventual, entrei em uma 5ª série para dar aula de português. Bem sério eu disse:- Sou professor de português e vou dizer meu nome, e aquele que rir, vou pegar pelas orelhas e levar para diretoria. " Meu nome é Jerônimo" Todos ficaram sérios e eu percebi que eles mudaram a fisionomia e tentaram não rir, não aguentaram e eu para melhorar o ambiente disse: Podem rir!!!! As risadas foram uníssonas!
Consegui dar uma excelente aula e percebi que todos se empenharam em fazer atividades. Depois não tive mais problemas e ninguém se importou mais.
Às vezes temos que manter o bom humor, cara feia não resolve quase nada. A vida já é dura, e os alunos aguentarem cinco horas numa cadeira escolar dura, e um professor chato, carrancudo, piora ainda mais.
Resolvi fazer uma pesquisa para descobrir o "porquê" que esse nome provoca risos. E descobri:
"Parece que esse grito estaria relacionado a um episódio da colonização do oeste dos Estados Unidos, no final do século 19 - mas na verdade ninguém sabe quanto da história é verdade e quanto não passa de lenda.
Tudo começou quando a Cavalaria americana perseguia um famoso chefe apache chamado Gerônimo perto do forte Sill, no estado de Oklahoma.
Ao se ver encurralado na borda de uma ribanceira, o guerreiro, em vez de se render, tomou impulso e saltou, montado em seu cavalo. Na queda, antes de afundar no pequeno rio que passava lá embaixo, o índio gritou seu nome com toda a força: "Gerônimooooooooo!".
O mais incrível é que ele e o cavalo se recuperaram da queda e escaparam a galope. Apesar da fuga fantástica, Gerônimo seria capturado pouco tempo depois e morreria na prisão em 1909.
Trinta anos depois, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), seu grito foi adotado nos saltos dos pára-quedistas da 82ª Divisão Aerotransportada do Exército americano, que estavam prestes a embarcar para a Europa.
"Tudo indica que a tradição nasceu depois que os pára-quedistas assistiram, no campo de treinamento na Carolina do Norte, a um filme sobre a vida do chefe apache", afirma o etimologista Cláudio Moreno, colunista de Mundo Estranho.
Nas décadas seguintes, os faroestes americanos se encarregaram de espalhar o costume pelo resto do mundo. Hoje, a palavra deixou o ambiente militar e tem uso bem mais amplo. Por isso, é comum as pessoas gritarem "Gerônimo!" como aviso de que algo está caindo."