SANTA MARIA - O EFEITO LULA.

Aviso aos devotos de Lula e guardiões perpétuos do mito metalúrgico: "Antes de apedrejar ouça. Antes de me chamar de conservador, preste a tenção em sua incapacidade de aceitar os argumentos diferentes ao seu credo."

Estamos assistindo uma caça as bruxas, embora esteja tudo clarificado através de documentos que indicam a completa incompetência por parte dos gestores de Santa Maria, por parte dos bombeiros e por parte dos donos da Boate Kiss, os jacobinos-bolcheviques da polícia até agora só pegaram as piabinhas enquanto os tubarões seguem seu nado tranquilo pelas águas calmas e normas do poder público.

É interessante como lidamos como poder em nosso país. No papel somos todos cidadãos, mas na prática, as autoridades - eleitas pelo povo como representantes - são tratadas com mais diligência que qualquer ditadorzinho nos rincões africanos.

Parece que vivemos dentro de baile carnavalesco dos tempos imperiais: a côrte só faz trocar de fantasia, ora é coronel, ora é usineiro, ora é general e nos dias de hoje vivemos a experimentação da fantasia de representante do povo.

O mais triste é que toda esta côrte-corja está sempre sob a proteção dos lustres da imunidade parlamentar. Mesmo eleitos como representantes do povo eles se transformam em seus algozes. O político virou uma espécie de cidadão de primeira grandeza, é um barão do neo-escravagismo.

Mas entre as figuras mais abjetas da tragedia de Santa Maria uma se destaca: o prefeito Cezar Schimer...

Este distinto senhor, que pontificava em Santa Maria com ares de de caudilho, que 2010 foi o centro da polêmica sobre o aumento da tarifa do transporte público, pois, ao invés de iniciar um processo de licitação, resolveu prorrogar o contrato das mesmas empresas que sempre prestaram esse serviço. Schirmer, além disso, se comprometeu em ir a uma Audiência Pública sobre o assunto, mas não compareceu. A audiência foi a maior da história da cidade e superlotou a Câmara Municipal, trocando em miúdos, o representante do povo não representou a maioria.

Isto nos abre uma série de indagações sobre a vitória nas urnas do senhor Schimer: até que ponto ele não terá feito vista grossa diante dos alvarás vencidos? Até que ponto ele diminuiu a pressão aos órgãos públicos para fiscalizar de brincadeirinha, afinal todos sabemos que em ano de eleição os caudilhos se tornam benevolentes com o não cumprimento das leis?

O Senhor Schimer deu o ar de sua graça durante uma coletiva de imprensa, mas se limitou a apresentar documentos, gaguejando na hora de falar de datas e saiu pela porta dos fundos sem dar maiores declarações, ignorando por completo a multidão que do lado de fora gritava por justiça. Não satisfeito dois dias depois ele dá uma entrevista exclusiva - em portas fechadas - para Rede Globo de televisão e diz com a cara mais lavada do mundo que não sabia de nada.

Ora pipocas, se o representante máximo do excutivo não sabe qual é a sua função ou não se preocupa com o seu dever é um sinal claro de que ele não deve estar lá. Imaginem um gerente de uma firma particular que assumisse publicamente que não sabe o que se passa na sua empresa? No mínimo, nunca mais iria arrumar emprego em lugar nenhum. Mas parece que estamos vivendo sob o estandarte do marido corneado que sempre diz chorando: "Eu não sabia de nada".

Lula criou esta maneira pitoresca e grotesca de governar e ela se espalha por todo território nacional, se o bicho pega, logo, logo o gestor surge lacrimejante dizendo que não sabia de nada.

Antes de declarar a prisão dos jovens da banda, a Gurizada Fandangueira, precisamos por em jaulas os verdadeiros culpados, aqueles que tinham como função prevenir que coisas como estas acontecessem. O argumento da polícia que serve como base para acusar os meninos da banda é que eles teriam acendido fogos dentro da boate que eram proibidos em ambientes fechados...

Ora, ora, argumento fácil de refutar: " Os meninos da banda não sabiam que era proibido soltar aquele tipo de fogos dentro da boate!". Mas os "adevogados" dirão que eles tinham que saber, mas eu pergunto e o que é que um prefeito tem que saber? Não era sua função supervisionar toda a cidade... Aí entram os argumentos frouxos: " Mas como supervisionar toda uma cidade? É muito difícil!" Então faça o que dizia minha finada avó que aliás era gaúcha: "Quem não tem competência não se estabelece!".

Só espero que morte destes mais de 200 jovens desperte em nós o espírito de cidadania e higienizemos a república dos ranços monárquicos que infeccionam os nossos direitos. Não adianta passar água oxigenada numa chaga cancerígena. As vezes é preciso amputar o mal, mas é preferível ter uma democracia capenga do que uma oligarquia travestida de cidadã.

Menos lulismo e mais JUSTIÇA, prefeito Cezar Schimer!!!!!!