Falta um administrador.
Prezado leitor, uma notícia nada boa para Bauru, Jaú e região: Caio Coube decidiu que não mais sairá candidato a cargo público, foi além e disse que se desencantou com a política. Não só Bauru, como também Jaú e toda região perde alguém que poderia fazer a diferença. Caio tem grande experiência administrativa, além de ser um criativo empreendedor, artigo raro em nossa política. Foi ele um dos responsáveis pela Tilibra Produtos de Papelaria atingir o patamar que atingiu. Quando ocupou a presidência do Esporte Clube Noroeste também deixou sua valorosa contribuição. Caio tem uma qualidade que falta à maioria de nossos políticos: sabe administrar. Infelizmente falta essa visão administrativa a nossos homens públicos, que efetivamente não enxergam o Estado como uma empresa que tem como finalidade gerar lucro a seu principal cliente: a população.
Em nossa política ainda permanece uma administração amadora, sem qualquer compromisso com princípios básicos como: organizar, planejar, dirigir e controlar.
E esta inabilidade para administrar se reverte em sensível prejuízo à população, que vê seus recursos sendo consumidos pela má gestão, e veja o caro leitor que não falamos em corrupção, mas sim, má gestão, falta de habilidade para administrar uma cidade, falta de competência para negociar.
Puxe o amigo leitor na memória, veja quantos presidentes da república tivemos com experiência em administração de grandes empresas? Quantos deles estavam acostumados a negociar com outros países? Quantos deles encaravam o Brasil como uma empresa que deveria dar lucro a sua população, gerando empregos e suprindo necessidades básicas? Qual a experiência que nossos políticos tiveram em administração, recursos humanos, motivação, liderança?
Um dos mais conceituados colunistas desse país, Stephen Kanitz, conta que o presidente Norte americano George W. Bush foi seu calouro em Havard, onde aprendeu como nunca a defender as indústrias norte americanas.
Outro fator importante a ser lembrado é que a maioria de nossos políticos não têm um projeto voltado à população, mas sim um projeto voltado a manutenção do poder, onde crescem as iniciativas feitas apenas para agradar a população, mas que tem uma duração efêmera e pouco compromisso com o progresso contínuo.
Por exemplo, o caso das privatizações. Sem entrar no mérito da questão se são boas ou más, a pergunta que fica é:
Nas últimas eleições presidenciais, por que o candidato Geraldo Alckimim, favorável as privatizações, não a defendeu com maior veemência quando questionado a respeito? A resposta é simples: porque privatizar desagrada grande parte da população, e desagradar a população equivale a perder votos, o que nenhum político quer. Seus adversários sabiam disso e usavam como nunca esse trunfo. E é por isso, por medo de perder votos que evita-se tanto o remédio amargo, mas às vezes necessário. Quem perde como sempre é o povo, que sente os reflexos da falta de ousadia e originalidade de quem está no comando.
E lamentavelmente vão proliferando em nossas cidades, estados e país, a bondade de fachada e o compromisso apenas com o imediatismo que impede projetos de médio e longo prazos, que se colocados em prática, com base nos interesses da coletividade, iriam gradativamente colocar nosso país no eixo do crescimento sustentável, a beneficiar toda a população, e não apenas meia dúzia de pessoas.
Pensemos nisso.