O universo mítico televisivo
Foi-se o tempo em que as notícias eram divulgadas unicamente no jornal escrito; em que os romances eram lidos; em que se sabia o tempo somente se se olhava o céu pela janela; em que se ouviano rádio os jogos de futebol... A televisão mudou tudo isso.
Mais de meio século se passou desde a sua invenção e esse aparato, que já teve imagem em preto e branco e hoje é encontrado inclusive com tela de plasma, não perdeu a popularidade. É, não apenas um meio de comunicação, mas de entretenimento e divulgação de marcas. Diz-se que "atende a todos os gostos e estilos" quando na verdade padroniza gosots e estilos. Afinal, justamente por ser tão popular, a TV divulga ideologias e controla massas.
A eleição do Collor, a vinda dos Papas, as Copas do Mundo, o nascimento da Sasha e o ataque às torres gêmas. É claro que tudo isso foi divulgado e "debatido abertamente" na TV. Mas parece que se esqueceram de fazer o mesmo quando houve a venda de ações da PETROBRAS, a privatização da Vale ou a marchado MST à Brasíla.
Ao contrário do que muitos pensam, liberdade de imprensa não significa que tudo será exposto no jornal de divulgação nacional. Nem toda informação é notícia: só a que convém à editora televisiva. Do mesmo jeito, só as empresas que pagam caro, mas muito caro mesmo, têm direito a um comercial no horário nobre e só é tema de novela das oito o assunto que não for de encontro com os interesses da emissora.
A televisão ajudou a criar uma realidade fictícia em que a liberdade só existe no universo onírico dos alienados pela mocinha da novela, pelas garotas propaganda ou pelo elegante apresentador de notícias banais.
Texto fraquinho feito em dezembro de 2007 (aquecimento pro vestibular)