O BIG BROTHER AQUI FORA
Começou mais uma edição do BBB. O programa mais “odiado” do Brasil. É fácil compreender o motivo de tanto ódio. Manipulados ou não, os participantes conseguem mostrar o que existe de mais sórdido no Ser Humano. Ali, a hipocrisia é a bola da fez. E fica pior ainda quando todos estão com os copos cheios.
É dessa sordidez, e dos intrínsecos diabinhos alvoroçados que muitos de nós tentamos escapar. E destilar ódio é uma fuga extraordinária. Podemos levar meses para amar. Podemos odiar em poucos segundos. Quando algo mexe com os nossos medos. Ou com aquilo que verdadeiramente somos, fica a pergunta: Também sou assim? E fugimos.
Mas, isso não uma sessão de terapia. Quero usar o BBB para fazer uma analogia com o BBB aqui de fora. O real. Que em 99,99% dos casos não entrega um prêmio no fim. Nem de consolação. E não esqueçam, olhando lá para dentro, todos se acham expert em observar as manipulações. Aqui, você é manipulado diariamente e nem percebe.
São uns beberrões. E aqui fora, casa em que não exista um barzinho cheio de garrafas, não é muito visitada pelos “amigos”. O que pensam o menino, ou a menina quando veem seus pais e as visitas sempre com um copo não. E quantos dedos já foram do copo de cerveja para a boca do filho. Afinal, ele estava atrapalhando a conversa. Quem sabe sobre as bundas das mulheres do BBB.
Depois, querendo sempre nos levar juntos, embarcam na utopia de acabar com os viciados das cracolândias por mágica. Sempre depois que a batalha está perdida, alguém buscando popularidade resolve lutar. Esquecem que a primeira batalha está nos lares, nos copos e dos dedos na cerveja. Nossa, que lindo. É tão social.
Lá, o paredão resulta em eliminação. Aqui, o paredão é rezar para não ser encontrado por uma bala perdida. Seja do bandido ou da polícia. Lá, o eliminado diz adeus ao prêmio de 1,5 milhões de reais. Aqui, você pode dar adeus a sua vida num assalto na esquina, mesmo entregando tudo. Por diversão de loucos atirando. Ou pior. Por diferença de 7,00 reais na conta.
Lá, quem manipula é o Boninho. Aqui, é a televisão para a qual ele trabalha. São políticos como José Sarney. Que namorou a ditadura. E depois sempre se apaixonou por quem estava no poder. E que agora decidiu sair de cena com uma exposição contando seus feitos. Só os feitos E fomos nós que pagamos.
Lá, morar na casa é passageiro. Menos de três meses. Aqui, um ano depois da tragédia de Angra dos Reis, das cinco mil casas novas prometidas, nenhuma ainda foi construída. Talvez, se todos aqueles que odeiam o BBB se dessem as mãos. E com as mãos de mais alguns, poderíamos colocar no paredão e eliminar o que existe de podre no Brasil. Sem odiar nada nem ninguém. Fica a dica.