SALTO ALTO
SALTO ALTO
Este foi um artifício que o Rei Luiz XV utilizou para elevar sua insignificante estatura, criando-se assim, os famosos saltos Luiz XV.
Até então não era costume as mulheres, muito menos os homens, a usarem salto alto. Foi com o tempo, disfarçadamente, sendo utilizada este meio para se tornarem observadas, que as mulheres passaram a subir em seus saltos, como forma de elegância, e de exibicionismos, quando não para se fazerem “poderosas”, na atração dos seus pares.
Esta busca da elegância, pra não dizer da exibição de sua vaidade, é que esse objeto passou há ser um “fetiche” para ambos o sexo. Sua utilização vai desde o adorno do toalete até a instigação sexual. Aja vista que encontramos modelos com os mais longos vestidos a rigor até as casuais em seus shorts, pra não dizer das que posam de maiô nas revistas de moda como nas revistas exclusivas as leituras masculinas e ou femininas.
A sexualidade passou a utilizá-la na exposição dos corpos nus, acentuando sempre o calçado em salto alto, como meio provocante ou de alcance, através da mídia, para os objetivos desejados.
É inegável que este objeto de fetiche tenha a sua finalidade almejada, pois assim tem se manifestado nos usos e costumes, desde a degenerada invenção pelo Rei Luiz XV da França.
Hoje em dia, notamos nas artistas, por exemplo: Hebe Camargo, Claudia Raia, entre outras, que só se apresentam em público muito bem calçadas nos últimos modelos do estilista Fernando Pires. Há de se notar inclusive nas previsoras do tempo, em especial na rede Globo, a exibição de seus saltos altos, por sinal muito elegante. Assim é considerado salto alto aqueles calcanhares que são mais elevados que os dedos dos pés acima de 8,5 cm, pois os de 6,0 a 8,5 são considerados saltos médios e os de menores que 6,0 são considerados salto baixo. Aquelas modelos que se apresentam com seus calcanhares elevados tanto quanto os seus dedos, através de uma plataforma, não estão utilizando salto alto, embora elas assim se achem em comparação com as sandálias e sapatos “rasteirinhos”, que os fetichistas abominam.
Os calçados de sola grosa, no passado, A. C. era utilizado pelos egípcios, bem como na Grécia, nesta inclusive para as encenações teatrais, onde os atores se distinguiam conforme a altura dos seus solados, para as caracterizações de seus personagens.
É de eras prisca, a utilização pelos homens do salto de quatro polegadas, em seus calçados, quando da prática do ciclismo e hipismo, para se fixarem seus calcanhares nos pedais e estribos, como forma de segurança e firmeza nas suas competições, daí as botas de hoje em dia dos cowboys.
Antes da Revolução Francesa, a aristocracia usava os saltos altos para designarem seu poder e opulência tanto para os homens como para as mulheres, mas com a queda da monarquia deixou-se de usar como meio de erradicar o conceito de aristocracia.
No século XIX, os calcanhares passaram a ser elevados em seus saltos apenas e exclusivamente pelas mulheres até os dias de hoje. Ficando assim cobiçado pelos homens como fetiche, e usado e abusado pelas mulheres como forma de atração dos seus pares, porque elas utilizam na hora da relação sexual como meio de fetiche, quer seja nos cabarés ou nas zonas de prostituição, como por exemplo, em Amsterdã.
Em que pese o frisson e o erotismo que as mulheres provocam pela utilização do salto alto, elas sofrem câimbras na panturrilha, joanetes e calos nos dedos dos pés, principalmente aquelas que passam o dia todo calçadas por exigência profissional do seu trabalho.
Finalizando, não poderia deixar de falar no movimento feminista que abomina o salto alto, alegando que suas utilizações deixam-na vulneráveis em face da sua agilidade de movimentação e locomoção, fazendo-as dependentes da companhia dos homens que as resguardam de suas fragilidades de locomoção. Apelam para os calçados abrutalhados e masculinizados sobretudo quando vestem ternos e calças compridas, como se nunca existiu o tailheurs da estilista Coco Chanel.