Redescobrindo o Padrinho

Interrompidos os contatos entre afilhada e padrinho, em razão de mudanças de ambos para outras cidades, eis que aos 35 anos, casada, mãe de família, formada em Pedagogia, ela redescobre seu padrinho, por meio da família que permanecia na cidade de origem.

A partir de então, alguns contatos por telefone lhes foram permitidos, causando emoções para ambos, uma vez que a afilhada só o conhecia por informação da própria mãe ou de terceiros, visto que devia ter entre três e quatro anos, quando o padrinho afastou-se do seu convívio.

Quando ali voltava a passeio, perguntava a sua tia, que era a madrinha, sobre sua afilhada, mas a resposta era que havia se mudado para outra cidade e não havia informação de endereço ou telefone. Na época a comunicação era muito deficitária.

Consciente de que, como se apregoava na época, “o padrinho é o sucessor do pai”, envidou esforços no sentido de visitá-la, uma vez que também já não tinha a madrinha, falecida há bastante tempo. Assim o fez, visitando-a pela primeira vez em janeiro de 2004. A mais recente visita ocorreu uma semana antes do Natal. É indescritível a emoção desses reencontros. Hoje, ela tem 44 anos, uma pessoa de ideias amadurecidas, com quem se pode ter um diálogo saudável, enriquecedor, pela sua experiência de mãe e brilhante professora.

Quem é o padrinho dessa mulher?

“Esse cara sou eu”.

Irineu Gomes
Enviado por Irineu Gomes em 02/01/2013
Reeditado em 02/01/2013
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