ORIENTAÇÃO
Ao adentrarmos num ambiente, ao passamos a porta começamos a nos orientar.
Orientação vem da noção de direção, esta vinculada ao ponto cardeal, isto é, ao Oriente.
É de lá que vem a origem dos povos que hoje habitam todos os pontos cardeais.
Seu inicio foi o Oriente, e é de lá que temos a noção de direção. Vem de lá o raiar do Sol.
A bússola veio muito tempo depois, atraído pelo magnetismo do Pólo, o qual passou a nos Nortear! Passamos a ter noção de direção do Leste e do Ocidente.
É por isso que nos orientamos com o sol nascente. Dispersamos-nos pelo Ocidente, isto é, pelo ponto em que adentramos no ambiente.
Pois bem, se conhecemos por intuição nossa orientação, sabemos, em contra partida, qual é nosso ocidente. Daí nossa noção de direção para Norte e Sul.
Todo o nosso aprendizado tem um Norte que nos acompanha ao Sul. Nossa historia do Brasil tem inicio com a vinda dos desbravadores pelo Oriente, desembarcaram ao Nordeste e colonizaram toda a faixa litorânea até o Sudeste. Os navegadores tinham sua orientação noturna através da observação celeste, como ponto de referência do Cruzeiro do Sul, e durante os dias pelo raiar e opor do sol.
Nossos conhecimentos de latitude ficam nesta rosa dos ventos, nestes pontos caldeais. Precisamos conhecer os pontos de profundidade e altitude, que ficam na esfera da espiritualidade, onde não há bússola nem astronomia que nos conduza à nossa exterioridade. Daí a procura, do diagnóstico, isto é, do agnóstico ao gnóstico.
Precisamos escutar a Palavra Sagrada, vivenciar a harmonia contida na liberdade, igualdade e fraternidade. Ver no abstrato, Sentir a sensibilidade da presença do Invisível. Tocar no Sagrado com o diálogo de quem ouve e fala. Cheirar através do incenso a Sua presença. Degustar, através das nossas salivas, o sabor da sua Onipresença.
Ofuscar nossa visão pela luz da vela.
Precisamos por em comum, a nossa respiração, comungar com a nossa presença, a convivência, dum convívio sem limitação, sem preconceito, aceitando o próximo com as diferenças dos nossos paradigmas.
O branco e preto não pode ser oposição, mas o conjuminar da abstenção com a adesão. Somente assim faremos uma corda de união, ataremos os nós da junção.
Em fim, conseguirmos fazer a cadeia de união das constelações zodiacais, que nos prognosticam o bem do mau. Saberemos quão bom é viver em união, aqui com eles e lá conosco.
São Paulo, 13 de Outubro de 2010