O FILHO PRÓDIGO

Diz a parábola que o filho pediu ao pai a sua parte na herança, para seguir o seu caminho.

A parábola como relato, nos leva ao seguinte questionamento.

Pode alguém reivindicar herança de pessoa viva?

O costume da época (inicio da hera cristã) era privilégio do primogênito assumir a sucessão?

Mas quem foi aquinhoado foi o caçula, verdade?

Pois é, a parábola nada tem a ver com estas questões porque seu ensinamento esta nas entrelinhas, no seu conceito moral, na moral da história.

É sobre o filho pródigo que devemos analisar o papel do pai, em particular neste mês, nesta data do dia dos pais!

O pai não é só aquele que o DNA acusa a paternidade. É preciso participar.

Nesta parábola a participação dele foi fundamental para o papel do pródigo.

Seu filho quis viver o dia de hoje, sem responsabilidade com o futuro e mal agradecido com o seu passado.

Pediu as contas, como quem exerce seus direitos e mal agradecido abandona o lar.

Somente após consumir a sua fortuna, na penúria da vida, quando sobrevive no chiqueiro com os porcos, furtando um pouco da comida suína, é que se lembra do pai.

Poderia voltar ao lar para cuidar da criação do seu pai, sem ser admoestado ao comer a ração dos porcos.

Mas, como o pai não é aquele que propicia a concepção, mas que forma o caráter do filho, respeita o livre arbítrio de cada um, ainda que seja vitima de injustiça, porque cabe a cada filho a responsabilidade de seus atos.

Porém, todo pai espera que seu filho volte ao convívio familiar, não perde a esperança da reconciliação.

Assim foi o comportamento do pai desta parábola, que não deixou de acreditar na volta do filho para casa, tanto é que ao olhar todos os dias à porta de sua casa, vestígios do filho, eis que desta vez nota no horizonte a silhueta do seu filho e vai logo providenciando vestimenta, banquete e festa de para aquele que nunca havia partido do seu coração.

Porém o primogênito que por não ser pai, não sabe o que é a paternidade, quer levar a ferro e fogo a relação paterna e filial. Reclama de não ter recebido o que o pai já deu e esta dando agora ao seu irmão.

Não dá valor ao convívio familiar que nunca abandonou, não sabe o que é passar fome e humilhação.

Somente quem perde o que tem, sabe o valor do que falta e a dura lição do aprendizado.

Não é à-toa que a religião invoca a D´us como Pai, porque somente o amor é capaz de perdoar.

A benção Papai!!!

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 21/12/2012
Reeditado em 31/08/2013
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