O fim do mundo
A um passo do fim, e eu ainda não pensei em como fazer, nem mesmo em ‘o que fazer’. Agarrei-me a uma verdade: o fim pode representar um novo começo, uma vida nova, que tal?
Toda essa história me fez pensar em muita coisa que deixei de fazer e que agora, em cima da hora, não tenho mais tempo. Meu Deus, como perdi tempo com pessoas idiotas! Pessoas indignas, medíocres e estúpidas! E isso vai acabar? Mal posso acreditar!
Fui tão intolerante! Acabo de me dar conta disso. E se as previsões estiverem certas, me restam horas de vida e tanto eu deixei de viver que não poderia mais em tão pouco tempo.
Mas algo me conforta se é chegado mesmo o fim: isso nos tornará iguais. Não haverá melhor nem pior, nem rico nem pobre. A soberba de alguns finalmente cessará e compreenderão que de fato não são nada.
Com o fim, não terei mais que engolir a seco a covardia de muitos, a insegurança que os faz, muitas vezes, agir em forma de ataque para se defender do próprio medo. O fim soterrará a todos. Pode ser que eu me arrependa de não ter dado as respostas merecidas a muita gente. E até gostaria de fazer isso, mas vai que o mundo não acaba?
Bom, que acabe esse mundo de gente má. Esse mundo de mentes que tramam pelas costas, que arrastam os tapetes pra derrubar o outro...
Esse mundo de desonestidade, oportunismo e falsidade bem que poderia acabar mesmo, abrindo caminho para um novo tempo.
Pode ser que esse fim, represente uma nova chance para nós. E eu vou tratar de repensar muita coisa. Não quero que a minha existência moleste a do outro. Pelo contrário, eu só quero viver em paz, quero me permitir ser feliz e levar a felicidade por onde eu passar.
Nos encontramos por aí!