SOMOS MAIS INSTINTO DO QUE RAZÃO

Antes de chegar ao massacre das crianças americanas, devemos fazer uma viagem pela História. Então chegaremos a algumas conclusões assustadoras. Ainda que muitos digam o contrário, a Raça Humana continua sendo mais instinto do que razão.

É evidente que não dominamos o planeta com a razão. Você jamais verá um Albert Einstein, sentado em cada esquina, mas já viu muitos dos seus vizinhos discutindo no portão por bobagens.

Mesmo com todas as crenças e religiões espalhadas ao redor do mundo, nosso instinto animal de sobrevivência jamais será dominado. A razão só entrou no cotidiano dos humanos, quando as sociedades se formaram. Diferente do instinto, a razão foi imposta pela civilidade da raça.

Com a razão seria difícil dizer isso. Com o instinto fica fácil. O massacre na escola americana foi apenas mais um. Muitos outros acontecerão. Infelizmente a comoção é um sentimento passageiro. O instinto não. Nascemos com ele. É herdado geração após geração.

Precisamos misturar outro ingrediente nessa discussão. A loucura e a insanidade. E descobrir qual caminho é o pior. Ir da razão a loucura. Ou do instinto a loucura. Estamos presos a uma sociedade pelas convenções. Às vezes, essas convenções nos sufocam a tal ponto, que muitos não suportam. Daí para a tragédia é um passo.

Estão todos tristes. A grande incógnita do massacre era as razões. E o atirador as levou para o túmulo. Pessoas que atingem esse nível de insanidade não devem ser culpadas sozinhas. Devemos trazer a sociedade como um todo para o meio do debate. Querendo ou não, somos todos candidatos a loucos ou insanos. Com a razão ou o instinto.

Se um estranho entrar no teu quintal em um momento impróprio, o que você não irá perguntar é se ele está precisando de alguma coisa. Não é a razão que faz brucutus trocarem socos num ringue, enquanto outros tantos urram do lado de fora. Uma mistura de êxtase e insanidade. Próprias dos humanos.

Outra grande bobagem da Raça Humana é incluir o tempo. É comum ouvir frases desse tipo: “Nossa, em pleno século XXI”. A razão e o instinto da raça não podem ser governados pelos relógios. Uma coisa é certa. O que nos trouxe até aqui. E poderá ser nossa tábua de salvação no futuro, não foi à razão. Foi nosso instinto. Então até a próxima matança.